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VERSO 14

na tvāṁ vayaṁ jaḍa-dhiyo nu vidāma bhūman
kūṭa-stham ādi-puruṣaṁ jagatām adhīśam
yat-sattvataḥ sura-gaṇā rajasaḥ prajeśā
manyoś ca bhūta-patayaḥ sa bhavān guṇeśaḥ

na — não; tvām — Vossa Onipotência; vayam — nós; jaḍa-dhiyaḥ — de mente obtusa, possuindo inteligência embotada; nu — na verdade; vidāmaḥ — podemos conhecer; bhūman — ó Supremo; kūṭa-stham — no âmago do coração; ādi-puruṣam — a original Personalidade de Deus; jagatām — dos universos, que continuam sua marcha progressivamente; adhīśam — o mestre supremo; yat — baseando-se em Vossa orientação; sattvataḥ — envaidecidas por sattva-guṇa; sura-gaṇāḥ — esses semideuses; rajasaḥ — envaidecidos por rajo-guṇa; prajā-īśāḥ — os Prajāpatis; manyoḥ — influenciados por tamo-guṇa; ca — e; bhūta-pa­tayaḥ — governantes dos fantasmas; saḥ — tal personalidade; bhavān — Vossa Onipotência; guṇa-īśaḥ — o mestre de todos os três modos da natureza material.

Ó onipenetrante Pessoa Suprema, temos uma mente obtusa e não havíamos entendido quem éreis, mas agora sabemos que sois a Pessoa Suprema, o mestre de todo o universo, a imutável e original Perso­nalidade de Deus. Os semideuses se sentem orgulhosos no modo da bondade, os Prajāpatis se envaidecem com o modo da paixão, e o senhor dos fantasmas vangloria-se do modo da ignorância – Vós, no entanto, sois o mestre de todas essas qualidades.

SIGNIFICADO—A palavra jaḍa-dhiyaḥ refere-se à inteligência animalesca. A pessoa que tem essa inteligência não pode entender a Suprema Personalidade de Deus. Sem ser golpeado, o animal não pode entender o que o homem deseja dele. De modo semelhante, aqueles que têm mente embotada não podem compreender a Suprema Personalidade de Deus, mas, quando são punidos severamente pelos três modos da natureza ma­terial, eles passam a compreendê-lO. Há um poeta híndi que diz:

duḥkha se saba hari bhaje
sukha se bhaje koī
sukha se agar hari bhaje
duḥkha kāthāṅ se haya

Quando alguém está aflito, vai à igreja ou ao templo para adorar o Senhor, mas, quando se torna opulento, ele se esquece do Senhor. Portanto, a punição que o Senhor inflige através da natureza material é necessária na sociedade humana, pois, sem ela, os homens, de­vido à sua inteligência obtusa e embotada, esquecem-se da supremacia do Senhor.

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