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VERSO 5

śrī-rājovāca
brahmarṣir bhagavān kāvyaḥ
kṣatra-bandhuś ca nāhuṣaḥ
rājanya-viprayoḥ kasmād
vivāhaḥ pratilomakaḥ

śrī-rājā uvāca — Mahārāja Parīkṣit perguntou; brahma-ṛṣiḥ — o melhor dos brāhmaṇas; bhagavān — poderosíssimo; kāvyaḥ — Śukrācārya; kṣatra-bandhuḥ — pertencia à classe kṣatriya; ca — também; nāhuṣaḥ — o rei Yayāti; rājanya-viprayoḥ — de uma família brāhmaṇa e kṣatriya; kasmāt — como; vivāhaḥ — união matrimonial; pratilo­makaḥ — contra os princípios reguladores costumeiros.

Mahārāja Parīkṣit disse: Śukrācārya era um poderosíssimo brāhmaṇa, e Mahārāja Yayāti era um kṣatriya. Portanto, estou curioso por saber como ocorreu este casamento pratiloma entre uma família kṣatriya e uma família brāhmaṇa.

SIGNIFICADO—De acordo com o sistema védico, é praxe haver casamentos entre kṣatriyas e kṣatriyas ou entre brāhmaṇas e brāhmaṇas. Se às vezes ocorrem casamentos entre diferentes classes, esses casamentos são de duas categorias, chamadas anuloma e pratiloma. Anuloma, o ca­samento entre um brāhmaṇa e a filha de um kṣatriya, é admissível, mas pratiloma, o casamento entre um kṣatriya e a filha de um brāhmaṇa, geralmente não é permitido. Portanto, Mahārāja Parīkṣit estava curioso por saber como Śukrācārya, um brāhmaṇa poderoso, pôde aceitar o princípio de pratiloma. Mahārāja Parīkṣit estava an­sioso por conhecer a causa desse casamento incomum.

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