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VERSO 15

yadā na kurute bhāvaṁ
sarva-bhūteṣv amaṅgalam
sama-dṛṣṭes tadā puṁsaḥ
sarvāḥ sukhamayā diśaḥ

yadā — quando; na — não; kurute — faz; bhāvam — uma diferente atitude de apego ou inveja; sarva-bhūteṣu — a todas as entidades vivas; amaṅgalam — inauspiciosa; sama-dṛṣṭeḥ — por ser equânime; tadā — na­quele momento; puṁsaḥ — da pessoa; sarvāḥ — todas; sukha-mayāḥ — em uma condição feliz; diśaḥ — direções.

É equânime o homem que não sente inveja e não deseja o infortú­nio de ninguém. Para tal pessoa, todas as direções parecem felizes.

SIGNIFICADO—Prabodhānanda Sarasvatī diz que viśvaṁ pūrṇa-sukhāyate: Quando, pela misericórdia do Senhor Caitanya, alguém se torna consciente de Kṛṣṇa, para ele o mundo inteiro parece feliz, e ele nada anseia. Na etapa brahma-bhūta, ou na plataforma de compreensão espiritual, não há lamentação nem ansiedade material (na śocati na kāṅkṣati). Enquanto vive no mundo material, a pessoa sujeita-se a ações e reações, mas, quando deixa de ser afetada por essas ações e reações materiais, ela deve ser considerada livre do perigo de tornar-se vítima dos desejos materiais. Os sintomas daqueles que estão fartos de desejos luxuriosos são descritos neste verso. Como explica Śrīla Viśvanātha Cakravartī Ṭhākura, quando alguém não inveja nem mesmo o seu inimigo, não espera receber honra de ninguém, senão que, ao contrário, deseja todo o bem-estar até mesmo para seu inimigo, ele é tido como um paramahaṁsa, alguém que subjugou por completo os desejos luxuriosos, através dos quais se busca o gozo dos sentidos.

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