VERSO 31
nityānanda-priyabhṛtya paṇḍita dhanañjaya
atyanta virakta, sadā kṛṣṇa-premamaya
nityānanda-priya-bhṛtya — outro servo querido de Nityānanda Prabhu; paṇḍita dhanañjaya — chamado Paṇḍita Dhanañjaya; atyanta — muito; virakta — renunciado; sadā — sempre; kṛṣṇa-prema-maya — imerso em amor a Kṛṣṇa.
O décimo sexto querido servo de Nityānanda Prabhu foi Dhanañjaya Paṇḍita. Ele era muito renunciado e vivia imerso em amor a Kṛṣṇa.
SIGNIFICADO—Śrīla Bhaktisiddhānta Sarasvatī Ṭhākura descreve em seu Anubhāṣya: “Paṇḍita Dhanañjaya era morador da vila em Katwa chamada Śītala. Ele era um dos doze gopālas. Seu nome anterior, segundo o Gaura-gaṇoddeśa-dīpikā (127), foi Vasudāma. Śītala-grāma fica perto da estação policial de Maṅgalakoṭa e ao correio Kaicara, no distrito de Burdwan. Na estreita linha férrea de Burdwan a Katwa, existe uma estação férrea a cerca de dezoito quilômetros de Katwa, conhecida como Kaicara. É preciso seguir cerca de dois quilômetros ao nordeste dessa estação para se chegar a Śītala. O templo dali era uma casa de sapê com muros feitos de barro. Algum tempo atrás, os zamindares de Bājāravana Kābāśī, os Mulliks, construíram uma grande casa para ser usada como templo, mas, nos últimos sessenta e cinco anos, o templo tem estado em ruínas e abandonado. O alicerce do antigo templo ainda é visível. Há um pilar de tulasī próximo ao templo, e todo ano, durante o mês de janeiro, observa-se o dia do desaparecimento de Dhanañjaya. Conta-se que, por algum tempo, Paṇḍita Dhanañjaya esteve num grupo de saṅkīrtana sob a orientação de Śrī Caitanya Mahāprabhu, depois do que foi para Vṛndāvana. Antes de ir para Vṛndāvana, viveu por algum tempo numa vila chamada Sāṅcaḍāpāṅcaḍā, que está a doze quilômetros ao sul da estação férrea Memārī. Às vezes, essa vila é também conhecida como ‘o lugar de Dhanañjaya’ (Dhanañjayera Pāṭa). Após algum tempo, ele deixou a responsabilidade de adoração com um discípulo e regressou a Vṛndāvana. Após retornar de Vṛndāvana a Śītala-grāma, estabeleceu uma Deidade de Gaurasundara no templo. Os descendentes de Paṇḍita Dhanañjaya ainda vivem em Śītala-grāma e tomam conta da adoração no templo.”