VERSO 18

SIGNIFICADO—É um princípio védico celebrar um festival em relação a Nārāyaṇa e aos brāhmaṇas. Dar um nome próprio a uma criança é um dos processos purificatórios que são conhecidos como daśa-vidha-saṁskāra, e no dia dessa cerimônia deve-se celebrar um festival adorando Nārāyaṇa e distribuindo prasāda, principalmente entre os brāhmaṇas.

Quando Nīlāmbara Cakravartī, Śacīmātā e Jagannātha Miśra, reconhecendo as marcas nos pés de lótus do Senhor, compreenderam que Nimāi não era uma criança comum, mas, sim, uma encarnação de Nārāyaṇa, decidiram que, naquele mesmíssimo dia, que era muito auspicioso, deveriam celebrar um festival para Sua cerimônia de dar o nome. A esse respeito, podemos observar em particular como uma encarnação da Suprema Personalidade de Deus é descoberta por Suas características corpóreas, Suas atividades e a predição dos śāstras. Através de provas concretas, uma pessoa pode ser aceita como uma encarnação de Deus, e não caprichosamente ou pelos votos de patifes e tolos. Tem havido muitas falsas encarnações na Bengala desde o aparecimento do Senhor Caitanya, mas qualquer devoto imparcial ou homem erudito pode entender que o Senhor Caitanya Mahāprabhu foi aceito como uma encarnação de Kṛṣṇa, não na base de votos populares, mas, sim, pela evidência dos śāstras e de eruditos fidedignos. Não foram homens comuns que aceitaram Śrī Caitanya Mahāprabhu como a Suprema Personalidade de Deus. No início, Sua identidade foi averiguada por grandes eruditos como Nīlāmbara Cakravartī, e, mais tarde, todas as Suas atividades foram confirmadas pelos seis Gosvāmīs, especialmente por Śrīla Jīva Gosvāmī e Śrīla Rūpa Gosvāmī, e por muitos outros grandes eruditos, apoiados por evidências dos śāstras. Toda encarnação de Deus deve ser assim desde o começo de Sua vida. Não é por fazer meditação que alguém pode tornar-se uma encarnação de Deus, de repente. As encarnações falsas são feitas para tolos e patifes, e não para homens sensatos.