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VERSO 142

sei sarva-vedera ‘abhidheya’ nāma
sādhana-bhakti haite haya premera udgama

sei sarva-vedera — esta é a essência de toda a literatura védica; abhidheya nāma o processo chamado abhidheya, ou seja, atividades devocionais; sādhana-bhakti — outro nome deste processo, “serviço devocional na prática”; haite — disto; haya — há; premera — do amor por Deus; udgama — o despertar.

“Quem pratica este serviço devocional regulado sob a orientação do mestre espiritual com certeza desperta seu amor adormecido por Deus. Esse processo se chama abhidheya.”

SIGNIFICADO—Pela prática de serviço devocional, começando com ouvir e cantar, o coração impuro da alma condicionada purifica-se, e assim ela pode compreender sua relação eterna com a Suprema Personalidade de Deus. Śrī Caitanya Mahāprabhu descreve essa relação eterna. Jīvera ‘svarūpa’ haya kṛṣṇera nitya-dāsa: a entidade viva é serva eterna da Suprema Personalidade de Deus. Quando alguém se convence dessa relação, que se chama sambandha, então age de acordo. Isso chama-se abhidheya. O próximo passo é prayojana-siddhi, ou realização da meta última da vida. Quem pode entender sua relação com a Suprema Personalidade de Deus e agir de acordo cumpre sua missão na vida como consequência natural. Os filósofos māyāvādīs nem chegam a atingir a primeira fase na autorrealização porque não fazem ideia de que Deus é pessoal. Ele é o senhor de todos, e é a única pessoa que pode aceitar o serviço de todas as entidades vivas. Porém, já que a filosofia māyāvāda carece desse conhecimento, os māyāvādīs nem mesmo têm conhecimento de sua relação com Deus. Erroneamente pensam que todos são Deus ou que todos são iguais a Deus. Portanto, uma vez que a verdadeira posição da entidade viva não é distinta para eles, como podem avançar mais? Embora tenham muito orgulho de serem liberados, os filósofos māyāvādīs muito rapidamente caem de novo em atividades materiais por menosprezarem os pés de lótus do Senhor. Isso se chama patanty adhaḥ.

ye ’nye ’ravindākṣa vimukta-māninas
tvayy asta-bhāvād aviśuddha-buddhayaḥ
āruhya kṛcchreṇa paraṁ padaṁ tataḥ

patanty adho ’nādṛta-yuṣmad-aṅghrayaḥ

(Śrīmad-Bhāgavatam 10.2.32)

Prahlāda Mahārāja afirma que as pessoas que se julgam liberadas, mas não executam serviço devocional, desconhecendo sua relação com o Senhor, estão certamente desorientadas. É preciso que conheçamos nossa relação com o Senhor e atuemos de acordo. Então, será possível cumprirmos a missão de nossa vida.

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