VERSO 114
kasyānubhāvo ’sya na deva vidmahe
tavāṅghri-reṇu-sparaśādhikāraḥ
yad-vāñchayā śrīr lalanācarat tapo
vihāya kāmān su-ciraṁ dhṛta-vratā
kasya — do que; anubhāvaḥ — resultado; asya — da serpente (Kāliya); na — não; deva — ó Senhor; vidmahe — sabemos; tava aṅghri — de Vossos pés de lótus; reṇu — da poeira; sparaśa — para tocar; adhikāraḥ — qualificação; yat — que; vāñchayā — desejando; śrīḥ — a deusa da fortuna; lalanā — a mulher mais elevada; acarat — praticou; tapaḥ — austeridade; vihāya — abandonando; kāmān — todos os desejos; su-ciram — por um longo tempo; dhṛta — uma lei mantida; vratā — como um voto.
Caitanya Mahāprabhu disse então: “‘Ó Senhor, não sabemos como a serpente Kāliya obteve semelhante oportunidade de ser tocada pela poeira de Vossos pés de lótus. Mesmo a deusa da fortuna, para este fim, praticou austeridades por séculos, abandonando todos os outros desejos e fazendo votos austeros. Na verdade, não sabemos como a serpente Kāliya teve semelhante oportunidade.’”
SIGNIFICADO—Esta é uma citação do Śrīmad-Bhāgavatam (10.16.36), falada pelas esposas da serpente Kāliya.