VERSO 32
yakṣyamāṇo ’śvamedhena
jñāti-droha-jihāsayā
rājā labdha-dhano dadhyau
nānyatra kara-daṇḍayoḥ
yakṣyamāṇaḥ — desejando realizar; aśvamedhena — pela cerimônia de sacrifício de cavalo; jñāti-droha — luta com parentes; jihāsayā — para se livrar; rājā — rei Yudhiṣṭhira; labdha-dhanaḥ — para obter alguma riqueza; dadhyau — pensava nisso; na anyatra — não de outra forma; kara-daṇḍayoḥ — impostos e multas.
Justamente nesta época, Mahārāja Yudhiṣṭhira estava pensando na realização de um sacrifício de cavalo para se livrar dos pecados cometidos durante a luta contra seus parentes. Mas ficou ansioso por obter alguma riqueza, pois não havia fundos extras além da coleta de multas e impostos.
SIGNIFICADO—Assim como os brāhmaṇas e vipras tinham direito de serem subvencionados pelo estado, o chefe executivo do estado tinha o direito de arrecadar impostos e multas junto aos cidadãos. Após a Guerra de Kurukṣetra, o tesouro do estado estava esgotado, e, portanto, não havia fundo extra, exceto o fundo da arrecadação de impostos e multas. Esses fundos eram suficientes apenas para o orçamento do estado, e, não havendo fundo excedente, o rei estava ansioso por obter mais riquezas de alguma outra maneira, para executar o sacrifício de cavalo. Mahārāja Yudhiṣṭhira queria executar esse sacrifício sob a instrução de Bhiṣmadeva.