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VERSO 14

tasyaiva me ’ghasya parāvareśo
vyāsakta-cittasya gṛheṣv abhīkṣṇam
nirveda-mūlo dvija-śāpa-rūpo
yatra prasakto bhayam āśu dhatte

tasya — dele; eva — certamente; me — meu; aghasya — do pecaminoso; parā — transcendental; avara — mundano; īśaḥ — controlador, o Senhor Supremo; vyāsakta — demasiadamente apegado; cittasya — da mente; gṛheṣu — aos afazeres familiares; abhīkṣṇam — sempre; nirveda-mūlaḥ a fonte do desapego; dvija-śāpa — maldição do brāhmaṇa; rūpaḥ — forma de; yatra — após o que; prasaktaḥ — aquele que é afetado; bhayam — temor; āśu — muito em breve; dhatte — ocorre.

A Suprema Personalidade de Deus, o controlador tanto do mundo transcendental quanto do mundo mortal, amavelmente me alcançou na forma da maldição de um brāhmaṇa. Por eu ser demasiadamente apegado à vida familiar, o Senhor, a fim de me salvar, apareceu diante de mim de tal maneira que, somente por temor, eu me desapegarei do mundo.

SIGNIFICADO—Mahārāja Parīkṣit, embora nascido em família de grandes devotos, os Pāṇḍavas, e embora seguramente treinado no transcendental apego à companhia do Senhor, ainda assim achava tão forte o encanto da vida familiar mundana que teve que se desapegar graças a um plano do Senhor. O Senhor toma tal ação direta no caso de um devoto especial. Mahārāja Parīkṣit pôde entender isso devido à presença dos mais elevados transcendentalistas do universo. O Senhor reside com Seus devotos, e, por isso, a presença dos grandes santos indicava a presença do Senhor. Portanto, o rei deu boas-vindas à presença dos grandes ṛṣis considerando-a uma graça do Senhor Supremo.

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