VERSO 33
tata āsādya tarasā
dāruṇaṁ gautamī-sutam
babandhāmarṣa-tāmrākṣaḥ
paśuṁ raśanayā yathā
tataḥ — nisso; āsādya — prendeu; tarasā — destramente; dāruṇam — perigoso; gautamī-sutam — o filho de Gautamī; babandha — amarrado; amarṣa — irado; tāmra-akṣaḥ — com olhos vermelhos como cobre; paśum — animal; raśanayā — com cordas; yathā — por assim dizer.
Arjuna, com seus olhos ardendo de raiva como duas esferas vermelhas de cobre, prendeu habilidosamente o filho de Gautamī e o atou com cordas, como se fosse um animal.
SIGNIFICADO—A mãe de Aśvatthāmā, Kṛpī, nasceu na família de Gautama. O ponto significativo neste śloka é que Aśvatthāmā foi preso e amarrado com cordas como se fosse um animal. Segundo Śrīdhara Svāmī, Arjuna foi obrigado a agarrar esse filho de brāhmaṇa como se fosse um animal porque isso fazia parte de seu dever (dharma). Essa sugestão de Śrīdhara Svāmī também é confirmada na afirmação posterior de Śrī Kṛṣṇa. Aśvatthāmā era filho genuíno de Droṇācārya e Kṛpī, mas, porque havia se degradado a um status inferior de vida, foi apropriado tratá-lo como um animal e não como um brāhmaṇa.