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VERSO 39

tad asau vadhyatāṁ pāpa
ātatāyy ātma-bandhu-hā
bhartuś ca vipriyaṁ vīra
kṛtavān kula-pāṁsanaḥ

tat — portanto; asau — este homem; vadhyatām — será morto; pāpaḥ — o pecador; ātatāyī — agressor; ātma — próprio; bandhu-hā — matador dos filhos; bhartuḥ — do mestre; ca — também; vipriyam — não tendo satisfeito; vīra — ó guerreiro; kṛtavān — aquele que fez isto; kula-pāṁsanaḥ — a escória da família.

Este homem é um assassino e matador de teus próprios membros familiares. Não apenas isso, mas ele também desagradou seu mestre. Ele não é nada mais que a escória de sua família. Mata-o sem demora!

SIGNIFICADO—Aqui se condena o filho de Droṇācārya como a escória da família. O bom nome de Droṇācārya era muitíssimo respeitado. Embora ele integrasse o grupo inimigo, os Pāṇḍavas mantinham sempre seu respeito por ele, e Arjuna o saudou antes de iniciar a luta. Não havia nada de errado nisso. Porém, o filho de Droṇācārya se degradara, cometendo atos que nunca são praticados por dvijas, ou as castas superiores dos duas vezes nascidos. Aśvatthāmā, o filho de Droṇācārya, cometeu assassinato ao matar os cinco filhos adormecidos de Draupadī, com o que desagradou seu mestre Duryodhana, que não aprovou, de modo algum, o abominável ato de matar os cinco filhos adormecidos dos Pāṇḍavas. Isso significa que Aśvatthāmā se tornou agressor dos próprios familiares de Arjuna, em consequência do que era passível de punição da parte dele. Nos śāstras, condena-se à morte aquele que ataca sem aviso, ou mata pelas costas, ou ateia fogo à casa alheia, ou rapta a esposa de outrem. Kṛṣṇa lembrou esses fatos a Arjuna para que ele tomasse conhecimento deles e fizesse o que era justo.

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