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VERSO 46

śrī-śuka uvāca
evaṁ sa sāmabhir bhedair
bodhyamāno ’pi dāruṇaḥ
na nyavartata kauravya
puruṣādān anuvrataḥ

śrī-śukaḥ uvāca — Śrī Śukadeva Gosvāmī disse; evam — dessa maneira; saḥ — ele (Kaṁsa); sāmabhiḥ — pela tentativa de apaziguá-lo (Kaṁsa); bhedaiḥ — pelas instruções morais de que não se deve ser cruel com ninguém; bodhyamānaḥ api — mesmo sendo apaziguado; dāruṇaḥ — aquele que era o mais terrivelmente cruel; na nyavartata — não pôde ser demovido (da ação hedionda); kauravya — ó Mahārāja Parīkṣit; puruṣa-adān — os Rākṣasas, canibais; anuvrataḥ — seguindo seus passos.

Śukadeva Gosvāmī continuou: Ó melhor da dinastia Kuru, Kaṁsa era terrivelmente cruel e um autêntico seguidor dos Rākṣasas. Por­tanto, as boas instruções de Vasudeva não podiam apaziguá-lo nem o amedrontar. Ele não se importava com os resultados das ativida­des pecaminosas que acaso cometesse nesta ou na próxima vida.

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