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VERSO 37

evaṁ vrajaukasāṁ prītiṁ
yacchantau bāla-ceṣṭitaiḥ
kala-vākyaiḥ sva-kālena
vatsa-pālau babhūvatuḥ

evam — dessa maneira; vraja-okasām — a todos os habitantes de Vraja; prītim — prazer; yacchantau — dando; bāla-ceṣṭitaiḥ — através das atividades e passatempos realizados na infância; kala-vākyaiḥ — e através da dulcíssima linguagem entrecortada; sva-kālena — no decorrer do tempo; vatsa-pālau — para cuidar dos bezerros; babhūva­tuḥ — estavam crescidos.

Dessa maneira, Kṛṣṇa e Balarāma, agindo como menininhos e fa­lando em linguagem um pouco entrecortada, deram transcendental prazer a todos os habitantes de Vraja. No decorrer do tempo, chegaram à idade de cuidar dos bezerros.

SIGNIFICADO—Logo que cresceram um pouco, Kṛṣṇa e Balarāma foram incum­bidos de cuidar dos bezerros. Muito embora nascidos em uma família muito próspera, Eles tinham de cuidar dos bezerros. Esse era o sistema de educação. Aqueles que não nasciam em famílias de brāhmaṇas não se destinavam à educação acadêmica. Os brāhmaṇas eram treinados em educação acadêmica e literária, os kṣatriyas eram treinados para cuidar do Estado, e os vaiśyas aprendiam a cultivar a terra e cuidar das vacas e bezerros. Não era preciso desperdiçar tempo indo à escola para receber uma assim chamada educação para que, mais tarde, aumentasse o número de desempregados. Kṛṣṇa e Balarāma ensina­ram-nos através de Seu comportamento pessoal. Kṛṣṇa tomava conta das vacas e tocava Sua flauta, e Balarāma cuidava das atividades agrícolas, portando um arado em Sua mão.

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