VERSO 12
yat-pāda-pāṁsur bahu-janma-kṛcchrato
dhṛtātmabhir yogibhir apy alabhyaḥ
sa eva yad-dṛg-viṣayaḥ svayaṁ sthitaḥ
kiṁ varṇyate diṣṭam ato vrajaukasām
yat — cujos; pāda-pāṁsuḥ — poeira dos pés de lótus; bahu-janma — em muitos nascimentos; kṛcchrataḥ — nos quais se submetem a rigorosas austeridades e penitências como um meio de praticar yoga, meditação etc.; dhṛta-ātmabhiḥ — pelas pessoas capazes de controlar a mente; yogibhiḥ — por esses yogīs (jñana-yogīs, rāja-yogīs, dhyāna-yogīs etc.); api — na verdade; alabhyaḥ — não pode ser alcançada; saḥ — a Suprema Personalidade de Deus; eva — na verdade; yat-dṛk-viṣayaḥ — tornou-Se o objeto da visão direta, face a face; svayam — pessoalmente; sthitaḥ — presente diante deles; kim — o que; varṇyate — pode ser descrito; diṣṭam — sobre a fortuna; ataḥ — portanto; vraja-okasām — dos habitantes de Vrajabhūmi, Vṛndāvana.
Os yogīs talvez se submetam a rigorosas austeridades e penitências por muitos nascimentos, praticando yama, niyama, āsana e prāṇāyāma, nenhuma das quais é fácil de ser realizada. Entretanto, no decorrer do tempo, mesmo quando esses yogīs alcançam a perfeição e controlam a mente, são incapazes de saborear mesmo uma só partícula de poeira dos pés de lótus da Suprema Personalidade de Deus. Então, como podemos descrever a grande fortuna dos habitantes de Vrajabhūmi, Vṛndāvana, com quem a Suprema Personalidade de Deus conviveu pessoalmente e que viram o Senhor face a face?
SIGNIFICADO—Podemos apenas imaginar a grande fortuna dos habitantes de Vṛndāvana. É impossível descrever como, depois de muitas e muitas vidas de atividades piedosas, tornaram-se tão afortunados.