VERSO 13
athāgha-nāmābhyapatan mahāsuras
teṣāṁ sukha-krīḍana-vīkṣaṇākṣamaḥ
nityaṁ yad-antar nija-jīvitepsubhiḥ
pītāmṛtair apy amaraiḥ pratīkṣyate
atha — em seguida; agha-nāma — um demônio muito poderoso chamado Agha; abhyapatat — apareceu naquele lugar; mahā-asuraḥ — um demônio grande e extremamente poderoso; teṣām — dos vaqueirinhos; sukha-krīḍana — o gozo de seus passatempos transcendentais; vīkṣaṇa-akṣamaḥ — sendo incapaz de ver, ele não podia tolerar a felicidade transcendental dos vaqueirinhos; nityam — perpetuamente; yat-antaḥ — o fim da vida de Aghāsura; nija-jīvita-īpsubhiḥ — apenas para viverem sem serem perturbados por Aghāsura; pīta-amṛtaiḥ api — embora bebessem néctar todos os dias; amaraiḥ — por esses semideuses; pratīkṣyate — também estava sendo aguardado (os semideuses também esperavam a morte do grande demônio Aghāsura).
Meu querido rei Parīkṣit, em seguida, apareceu ali um grande demônio chamado Aghāsura, cuja morte era aguardada até mesmo pelos semideuses. Muito embora os semideuses bebessem néctar todos os dias, eles temiam esse grande demônio e ansiavam vê-lo morrer. Esse demônio não podia tolerar o prazer transcendental que os vaqueirinhos desfrutavam na floresta.
SIGNIFICADO—Talvez alguém pergunte como os passatempos de Kṛṣṇa podiam ser interrompidos por um demônio. Śrīla Viśvanātha Cakravartī Ṭhākura responde a essa pergunta dizendo que, embora o prazer transcendental desfrutado pelos vaqueirinhos não pudesse ser interrompido, eles não poderiam comer seu almoço a menos que eles parassem suas várias atividades prazerosamente transcendentais. Portanto, na hora do almoço, Aghāsura apareceu por arranjo de yogamāyā, para que eles pudessem parar momentaneamente suas atividades e almoçar. A variedade é a mãe do prazer. Os vaqueirinhos divertiam-se continuamente, depois paravam, e então inventavam outra brincadeira. Portanto, todos os dias um demônio vinha e interrompia seus passatempos divertidos. Depois que o demônio era morto, os meninos voltavam a ocupar-se em seus passatempos transcendentais.