VERSO 44
śrī-sūta uvāca
itthaṁ sma pṛṣṭaḥ sa tu bādarāyaṇis
tat-smāritānanta-hṛtākhilendriyaḥ
kṛcchrāt punar labdha-bahir-dṛśiḥ śanaiḥ
pratyāha taṁ bhāgavatottamottama
śrī-sūtaḥ uvāca — Śrī Sūta Gosvāmī disse; ittham — dessa maneira; sma — no passado; pṛṣṭaḥ — sendo interrogado por; saḥ — ele; tu — na verdade; bādarāyaṇiḥ — Śukadeva Gosvāmī; tat — por ele (Śukadeva Gosvāmī); smārita-ananta — logo que o Senhor Kṛṣṇa foi lembrado; hṛta — imerso em êxtase; akhila-indriyaḥ — todas as ações dos sentidos externos; kṛcchrāt — com grande dificuldade; punaḥ — novamente; labdha-bahiḥ-dṛśiḥ — tendo recuperado sua percepção sensorial externa; śanaiḥ — lentamente; pratyāha — respondeu; tam — a Mahārāja Parīkṣit; bhāgavata-uttama-uttama — ó grande pessoa santa, maior de todos os devotos (Śaunaka).
Sūta Gosvāmī disse: Ó Śaunaka, maior entre os santos e devotos, quando Mahārāja Parīkṣit fez a Śukadeva Gosvāmī essa pergunta, Śukadeva Gosvāmī, imediatamente se lembrando dos tópicos sobre Kṛṣṇa presentes no âmago de seu coração, perdeu externamente o contato com as ações dos seus sentidos. Em seguida, com grande dificuldade, ele recuperou sua percepção sensorial externa e começou a falar a Mahārāja Parīkṣit sobre kṛṣṇa-kathā.
Neste ponto, encerram-se os Significados Bhaktivedanta do décimo canto, décimo segundo capítulo, do Śrīmad-Bhāgavatam, intitulado “A Morte do Demônio Aghāsura”.