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VERSO 25

go-gopīnāṁ mātṛtāsminn
āsīt snehardhikāṁ vinā
purovad āsv api hares
tokatā māyayā vinā

go-gopīnām tanto para as vacas quanto para as gopīs, as vaquei­ras mais velhas; mātṛtā afeição materna; asmin por Kṛṣṇa; āsīt ordinariamente havia; sneha de afeição; ṛdhikām qualquer aumento; vinā sem; puraḥ-vat como antes; āsu havia entre as vacas e as gopīs; api embora; hareḥ de Kṛṣṇa; tokatā Kṛṣṇa é meu filho; māyayā vinā sem māyā.

Anteriormente, desde o começo, as gopīs tinham afeição materna por Kṛṣṇa. Na verdade, a afeição que elas sentiam por Kṛṣṇa excedia até mesmo sua afeição pelos seus próprios filhos. Ao manifestarem sua afeição, portanto, elas faziam distinção entre Kṛṣṇa e seus filhos, mas agora essa distinção desaparecera.

SIGNIFICADO—A diferença que alguém faz entre seu próprio filho e o filho de outrem não é antinatural. Muitas mulheres idosas têm afeição ma­terna pelos filhos alheios. Entretanto, elas fazem distinção entre esses outros filhos e seus próprios filhos. Agora, entretanto, as gopīs mais velhas não podiam distinguir entre seus próprios filhos e Kṛṣṇa, pois, uma vez que seus próprios filhos haviam sido levados por Brahmā, Kṛṣṇa Se expandira como seus filhos. Logo, a afeição extra que elas tinham por seus filhos, que agora eram o próprio Kṛṣṇa, devia-se a uma desorientação similar àquela de Brahmā. Anteriormente, as mães de Śrīdāmā, Sudāmā, Subala e outros amigos de Kṛṣṇa não tinham a mesma afeição pelos filhos de suas amigas, mas agora as gopīs tratavam todos os meninos como seus próprios filhos. Śukadeva Gosvāmī, portanto, queria explicar esse aumento de afeição como decorrente da desorientação que Kṛṣṇa causou a Brahmā, às gopīs, às vacas e a todos os demais.

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