VERSO 8
kṛṣṇasya viṣvak puru-rāji-maṇḍalair
abhyānanāḥ phulla-dṛśo vrajārbhakāḥ
sahopaviṣṭā vipine virejuś
chadā yathāmbhoruha-karṇikāyāḥ
kṛṣṇasya viṣvak — cercando Kṛṣṇa; puru-rāji-maṇḍalaiḥ — através de diferentes círculos de associados; abhyānanāḥ — cada um dirigindo o seu olhar para o centro, onde Kṛṣṇa estava sentado; phulla-dṛśaḥ — seus rostos muito radiantes devido ao prazer transcendental; vraja-arbhakāḥ — todos os vaqueirinhos de Vrajabhūmi; saha-upaviṣṭāḥ — sentados com Kṛṣṇa; vipine — na floresta; virejuḥ — feito com grande primor e beleza; chadāḥ — pétalas e folhas; yathā — assim como; ambhoruha — de uma flor de lótus; karṇikāyāḥ — do verticilo.
Como o verticilo de uma flor de lótus cercado por suas pétalas e folhas, Kṛṣṇa, sentado no centro, ficou circundado por fileiras de amigos, todos os quais pareciam muito belos. Cada um deles tentava dirigir seu olhar a Kṛṣṇa, na esperança de que Kṛṣṇa olhasse para ele. Dessa maneira, todos comeram seu almoço na floresta.
SIGNIFICADO—Ao devoto puro, Kṛṣṇa sempre é visível, como afirma a Brahma-saṁhitā (santaḥ sadaiva hṛdayeṣu vilokayanti) e o próprio Kṛṣṇa indica na Bhagavad-gītā (sarvataḥ pāṇi-pādaṁ tat sarvato ’kṣi-śiro-mukham). Se acumulando atividades piedosas (kṛta-puṇya-puñjāḥ) alguém se eleva à plataforma de serviço devocional puro, Kṛṣṇa permanece sempre visível no âmago de seu coração. Aquele que alcançou essa perfeição goza de completa beleza em sua bem-aventurança transcendental. O atual movimento da consciência de Kṛṣṇa busca manter Kṛṣṇa no centro, pois, em consequência disso, todas as atividades automaticamente se tornarão belas e bem-aventuradas.