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VERSO 26

ajñāna-saṁjñau bhava-bandha-mokṣau
dvau nāma nānyau sta ṛta-jña-bhāvāt
ajasra-city ātmani kevale pare
vicāryamāṇe taraṇāv ivāhanī

ajñāna — manifestando-se da ignorância; saṁjñau — cujas designações; bhava-bandha — cativeiro da existência material; mokṣau — e liberação; dvau — as duas; nāma — de fato; na — não; anyau — separadas; staḥ — são; ṛta — verdadeiro; jña-bhāvāt — do conhecimento; ajasra-citi — cuja consciência não é impedida; ātmani — a alma espiritual; kevale — que está separada da matéria; pare — que é pura; vi­cāryamāṇe — quando ela se distingue corretamente; taraṇau — dentro do Sol; iva — assim como; ahanī — dia e noite.

A concepção do cativeiro material e a concepção da libera­ção são ambas manifestações de ignorância. Por se acharem fora do âmbito do verdadeiro conhecimento, elas deixam de existir quando se compreende corretamente que a alma espiritual pura é distinta da matéria e sempre plena de consciência. Nesse mo­mento, cativeiro e liberação já não têm sentido, assim como dia e noite nada significam da perspectiva de quem se encontra no Sol.

SIGNIFICADO—O cativeiro material é uma ilusão, pois a entidade viva de fato não tem nenhuma relação real com o mundo material. Por causa do falso ego, a alma condicionada identifica-se com a matéria. Portanto, a dita liberação não passa do abandono de uma ilusão, em vez de constituir-se do ato de libertar-se do cativeiro em si. Todavia, mesmo que pensemos que o sofrimento decorrente da ilusão material é real e que a liberação é, portanto, uma significativa libertação do sofrimento, a mera ausência da existência material ainda é insignificante se comparada à obtenção da verdadeira vida espiritual, que é a eterna realidade positiva em oposição à ilusão negativa da vida material. Em última análise, a consciência de Kṛṣṇa, ou o amor puro por Deus, é o único estado importante, significativo e permanente para todas as entidades vivas.

Uma vez que a escuridão da noite é causada pela ausência do Sol, não se experimentaria noite dentro do próprio Sol, nem se experi­mentariam dias distintos, separados por noites. De igual forma, dentro da entidade viva pura, não há escuridão material alguma e, por con­seguinte, nenhuma experiência de liberação de tal escuridão. Ao chegar a esta plataforma de consciência pura, a alma condicionada habilita-se para associar-se com o puro supremo, a Personalidade de Deus, na própria morada do Senhor.

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