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VERSO 18

te tatra tatrābja-yavāṅkuśāśani-
dhvajopapannāni padāni viś-pateḥ
mārge gavām anya-padāntarāntare
nirīkṣamāṇā yayur aṅga satvarāḥ

te — eles; tatra tatra — aqui e ali; abja — com a flor de lótus; yava — grão de cevada; aṅkuśa — aguilhão para tanger elefantes; aśani — raio; dhvaja — e bandeira; upapannāni — adornadas; padāni — as pe­gadas; viṭ-pateḥ — do Senhor Kṛṣṇa, o mestre da comunidade pas­toril; mārge — sobre o caminho; gavām — das vacas; anya-pada — as outras pegadas; antara-antare — dispersas entre; nirīkṣamāṇāḥ — vendo; yuyuḥ — foram; aṅga — meu querido rei; sa-tvarāḥ — rapidamente.

As pegadas do Senhor Kṛṣṇa, o mestre de toda a comunidade pastoril, tinham as marcas da flor de lótus, do grão de cevada, do aguilhão para tanger elefantes, do raio e da bandeira. Meu querido rei Parīkṣit, ao verem Suas pegadas no caminho junto com as marcas dos cascos das vacas, os residentes de Vṛndāvana puseram-se a correr a toda a velocidade.

SIGNIFICADOŚrīla Sanātana Gosvāmī faz o seguinte comentário: “Visto que o Senhor Kṛṣṇa passara pelo caminho já havia algum tempo, por que Suas pegadas, que estavam rodeadas pelas pegadas das vacas, dos vaqueirinhos etc., não se apagaram nem desapareceram? Por que Suas pega­das não tinham sido cobertas por aquelas das bestas e aves da floresta de Vṛndāvana? Indica-se a resposta através da palavra viś-pati, que significa “mestre da comunidade pastoril”. Já que o Senhor Kṛṣṇa é de fato a riqueza de todos os seres vivos, todos os habitantes da floresta de Vraja con­servavam cuidadosamente Suas pegadas como grandes tesouros, os verdadeiros ornamentos da terra. Logo, nenhuma criatura dentro de Vṛndāvana jamais pisava nas pegadas do Senhor Kṛṣṇa.

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