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VERSO 33

nāga-patnya ūcuḥ
nyāyyo hi daṇḍaḥ kṛta-kilbiṣe ’smiṁs
tavāvatāraḥ khala-nigrahāya
ripoḥ sutānām api tulya-dṛṣṭir
dhatse damaṁ phalam evānuśaṁsan

nāga-patnyaḥ ūcuḥ — as esposas da serpente disseram; nyāyyaḥ — justo e correto; hi — de fato; daṇḍaḥ — castigo; kṛta-kilbiṣe — a ele que cometeu ofensa; asmin — esta pessoa; tava — Vosso; avatāraḥ — advento neste mundo; khala — dos invejosos; nigrahāya — para a subjugação; ripoḥ — para um inimigo; sutānām — a Vossos próprios filhos; api — também; tulya-dṛṣṭiḥ — tendo visão equânime; dhatse — dais; damam — castigo; phalam — o resultado último; eva — de fato; anu­śaṁsan — considerando.

As esposas da serpente Kāliya disseram: O castigo a que este ofensor foi submetido é certamente justo. Afinal, encarnastes neste mundo para subjugar os invejosos e cruéis. Sois tão im­parcial que julgais com equanimidade Vossos inimigos e Vossos próprios filhos, pois, quando impondes um castigo a um ser vivo, sabeis que é para o seu benefício último.

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