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VERSO 36

kasyānubhāvo ’sya na deva vidmahe
tavāṅghri-reṇu-sparaśādhikāraḥ
yad-vāñchayā śrīr lalanācarat tapo
vihāya kāmān su-ciraṁ dhṛta-vratā

kasya — do que; anubhāvaḥ — um resultado; asya — da serpente (Kāliya); na — não; deva — meu Senhor; vidmahe — sabemos; tava — Vossos; aṅghri — dos pés de lótus; reṇu — a poeira; sparaśa — para tocar; adhikāraḥ — qualificação; yat — de que; vāñchayā — com o desejo; śrīḥ — a deusa da fortuna; lalanā — (a mais elevada) mulher; ācarat — executou; tapaḥ — austeridade; vihāya — abandonando; kā­mān — todos os desejos; su-ciram — por um longo tempo; dhṛta — manti­do; vratā — seu voto.

Ó Senhor, não sabemos como a serpente Kāliya logrou esta grande oportunidade de ser tocado pela poeira de Vossos pés de lótus. Com esse objetivo, a deusa da fortuna executou austerida­des por séculos, abandonando todos os outros desejos e fazendo votos austeros.

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