VERSO 7
sarpa-hradaḥ puruṣa-sāra-nipāta-vega-
saṅkṣobhitoraga-viṣocchvasitāmbu-rāśiḥ
paryak pluto viṣa-kaṣāya-bibhīṣaṇormir
dhāvan dhanuḥ-śatam ananta-balasya kiṁ tat
sarpa-hradaḥ — o lago da serpente; puruṣa-sāra — da elevadíssima Suprema Personalidade de Deus; nipāta-vega — pela força da queda; saṅkṣobhita — completamente agitadas; uraga — das cobras; viṣaucchvasita — expirado com o veneno; ambu-rāśiḥ — em toda a água dele; paryak — por todos os lados; plutaḥ — inundando; viṣa-kaṣāya — por causa da contaminação do veneno; bibhīṣaṇa — medonhas; ūrmiḥ — cujas ondas; dhāvan — fluindo; dhanuḥ-śatam — a distância de cem arcos; ananta-balasya — para aquele cuja força é incomensurável; kim — o que; tat — isto.
Quando a Suprema Personalidade de Deus caiu no lago da serpente, as cobras dali ficaram agitadíssimas e começaram a respirar pesadamente, poluindo-o ainda mais com volumosa quantidade de veneno. A força da queda do Senhor dentro do lago fez com que este transbordasse por todos os lados, e medonhas ondas venenosas inundaram as terras circunjacentes até a distância de cem arcos. Contudo, isso não é nada espantoso, pois o Senhor Supremo possui força infinita.