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VERSO 9

tatraikadā jala-caraṁ
garuḍo bhakṣyam īpsitam
nivāritaḥ saubhariṇā
prasahya kṣudhito ’harat

tatra — ali (naquele lago); ekadā — certa vez; jala-caram — uma cria­tura aquática; garuḍaḥ — Garuḍa; bhakṣyam — a comida própria para ele; īpsitam — desejou; nivāritaḥ — proibido; saubhariṇā — por Sau­bhari Muni; prasahya — criando coragem; kṣudhitaḥ — sentindo fome; aharat — apanhou.

Naquele mesmo lago, Garuḍa certa vez desejou comer um peixe – visto que peixe, afinal, era o alimento natural para ele. Embora proi­bido pelo sábio Saubhari, que estava meditando ali dentro da água, Garuḍa criou coragem e, sentindo fome, apanhou o peixe.

SIGNIFICADOŚukadeva Gosvāmī agora está explicando por que Garuḍa não podia aproximar-se do lago no rio Yamunā. Faz parte da natureza das aves comer peixe, e, portanto, devido ao arranjo do Senhor, o grande pássaro Garuḍa não comete nenhuma ofensa ao nutrir-se com peixes. Por outro lado, o fato de Saubhari Muni proibir uma personalidade muito superior de comer seu alimento normal constituiu uma ofensa. Segundo Śrīla Viśvanātha Cakravartī Ṭhākura, Saubhari come­teu duas ofensas: a primeira, ele ousou dar uma ordem a uma alma sumamente elevada como Garuḍa, e a segunda, impediu Garuḍa de satisfazer seu desejo.

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