VERSO 14
kṛṣṇasya yoga-vīryaṁ tad
yoga-māyānubhāvitam
dāvāgner ātmanaḥ kṣemaṁ
vīkṣya te menire ’maram
kṛṣṇasya — do Senhor Kṛṣṇa; yoga-vīryam — o poder místico; tat — aquele; yoga-māyā — por Seu poder interno de ilusão; anubhāvitam — efetuado; dāva-agneḥ — do incêndio da floresta; ātmanaḥ — deles mesmos; kṣemam — a salvação; vīkṣya — vendo; te — eles; menire — pensaram; amaram — um semideus.
Quando viram que tinham sido salvos do incêndio da floresta pelo poder místico do Senhor, o qual se manifesta mediante Sua potência interna, os vaqueirinhos começaram a pensar que Kṛṣṇa devia ser um semideus.
SIGNIFICADO—Os vaqueirinhos de Vṛndāvana apenas amavam a Kṛṣṇa como seu único amigo e objeto exclusivo de devoção. Para aumentar-lhes o êxtase, Kṛṣṇa exibiu para eles Sua potência mística e salvou-os de um terrível incêndio na floresta.
Os vaqueirinhos jamais podiam abandonar sua amizade extática e amorosa por Kṛṣṇa. Portanto, em vez de considerarem que Kṛṣṇa era Deus, depois de verem Seu extraordinário poder, eles pensaram que Kṛṣṇa talvez fosse um semideus. Porém, visto que o Senhor Kṛṣṇa era seu amigo querido, eles estavam no mesmo nível que Ele e, em razão disso, acharam que também deviam ser semideuses. Desse modo, os vaqueirinhos amigos de Kṛṣṇa ficaram arrebatados em êxtase.