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VERSO 23

paridhāya sva-vāsāṁsi
preṣṭha-saṅgama-sajjitāḥ
gṛhīta-cittā no celus
tasmin lajjāyitekṣaṇāḥ

paridhāya — vestindo; sva-vāsāṁsi — suas próprias roupas; preṣṭha — com seu amado; saṅgama — por esta associação; sajjitāḥ — ficando completamente apegadas a Ele; gṛhīta — levadas embora; cittāḥ — cujas mentes; na — não podiam; u — de fato; celuḥ — mover-se; tasmin — sobre Ele; lajjāyita — cheios de timidez; īkṣaṇāḥ — cujos olhares.

As gopīs ficaram habituadas a associar-se com seu amado Kṛṣṇa e, dessa maneira, deixaram-se cativar por Ele. Assim, mesmo depois de vestirem suas roupas, elas não se afastaram. Apenas permane­ceram onde estavam, olhando timidamente para Ele.

SIGNIFICADOEm virtude da associação com seu amado Kṛṣṇa, as gopīs haviam ficado mais do que nunca apegadas a Ele. Assim como Kṛṣṇa roubara suas roupas, Ele também roubara suas mentes e seu amor. As gopīs interpretaram todo o incidente como prova de que Kṛṣṇa também es­tava apegado a elas. Caso contrário, por que Ele Se daria ao trabalho de brincar com elas dessa maneira? Porque pensavam que Kṛṣṇa agora estava apegado a elas, as gopīs olhavam para Ele com timidez e, es­tando atônitas com o despertar de seu amor extático, não conseguiam sair de onde estavam. Kṛṣṇa vencera a timidez delas e as forçara a sair da água nuas, mas agora, tendo-se vestido de maneira apropria­da, elas voltaram a ficar acanhadas em Sua presença. De fato, este incidente aumentou a humildade delas diante de Kṛṣṇa. Elas não que­riam que Kṛṣṇa as visse olhando para Ele, mas, com cautela, aprovei­taram a oportunidade para olhar para o Senhor.

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