VERSO 2
gaṇaṁ sāṁvartakaṁ nāma
meghānāṁ cānta-kārīṇām
indraḥ pracodayat kruddho
vākyaṁ cāheśa-māny uta
gaṇam — o grupo; sāṁvartakam nāma — chamado Sāṁvartaka; meghānām — de nuvens; ca — e; anta-kārinām — que efetua o fim do universo; indraḥ — Indra; pracodayat — enviou; kruddhaḥ — irado; vākyam — palavras; ca — e; āha — falou; īśa-mānī — julgando-se falsamente o controlador supremo; uta — de fato.
O irado Indra enviou as nuvens da destruição universal, chamadas Sāṁvartaka. Imaginando-se o controlador supremo, ele disse o seguinte.
SIGNIFICADO—A expressão īśa-mānī neste contexto é muito significativa. Por arrogância, Indra se considerava o Senhor e, em virtude disso, exibiu a atitude típica de uma alma condicionada. Muitos pensadores do século vinte notaram o exagerado sentido de prestígio individual característico de nossa cultura; de fato, escritores cunharam a frase “a geração do eu”. Todos neste mundo são mais ou menos culpados da síndrome chamada īśa-māna, ou seja, de considerar-se orgulhosamente como sendo o Senhor.