No edit permissions for Português

VERSO 8

sa tvaṁ mamaiśvarya-mada-plutasya
kṛtāgasas te ’viduṣaḥ prabhāvam
kṣantuṁ prabho ’thārhasi mūḍha-cetaso
maivaṁ punar bhūn matir īśa me ’satī

saḥ — Ele; tvam — Vós; mama — meu; aiśvarya — do governo; mada — na embriaguez; plutasya — que está submerso; kṛta — tendo cometido; āgasaḥ — ofensa pecaminosa; te — Vossa; aviduṣaḥ — desconhecendo; prabhāvam — a influência transcendental; kṣantum — perdoar; prabho — ó senhor; atha — portanto; arhasi — deveis; mūḍha — tola; cetasaḥ — cuja inteligência; — nunca; evam — assim; punaḥ — de novo; bhūt — que seja; matiḥ — consciência; īśa — ó Senhor; me — minha; asatī — impura.

Absorto no orgulho decorrente de meu poder regente, ignoran­te de Vossa majestade, ofendi-Vos. Ó Senhor, por favor, perdoai­-me. Minha inteligência estava confusa, mas que minha consciência não volte a ser tão impura.

SIGNIFICADO—Embora tivesse protegido os habitantes de Vraja erguendo a colina Govardhana, o Senhor Kṛṣṇa ainda não castigara o próprio Indra, e este temia que, a qualquer momento, Śrī Kṛṣṇa chamasse o filho de Vivasvān, Yamarāja, que pune os impudentes que desafiam as leis de Deus.

Indra estava bastante amedrontado e, por isso, suplicou o perdão do Senhor sob o pretexto de que só poderia se purificar mediante a misericórdia de Kṛṣṇa – já que ele era teimoso demais para aprender uma lição através de mera punição.

De fato, apesar da humildade de Indra neste caso, seu coração ainda não se purificou por completo. Mais adiante neste canto, vere­mos que, quando o Senhor Kṛṣṇa certa vez pegou uma flor pārijāta do reino de Indra, o pobre Indra voltou a reagir com violência contra a Suprema Personalidade de Deus. Logo, devemos aspirar a regressar a nosso lar eterno no reino de Kṛṣṇa e não devemos nos enredar na vida imperfeita dos deuses mundanos.

« Previous Next »