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VERSO 16

na caivaṁ vismayaḥ kāryo
bhavatā bhagavaty aje
yogeśvareśvare kṛṣṇe
yata etad vimucyate

na ca — nem; evam — assim; vismayaḥ — espanto; kāryaḥ — deve ser tido; bhavatā — por ti; bhagavati — em relação à Suprema Personali­dade de Deus; aje — que é não nascido; yoga-īśvara — dos mestres do yoga; īśvare — o mestre último; kṛṣṇe — o Senhor Kṛṣṇa; yataḥ — por quem; etat — este (mundo); vimucyate — é liberado.

Não te deves espantar com Kṛṣṇa, o não nascido mestre de todos os mestres do poder místico, a Suprema Personalidade de Deus. Afinal, é o Senhor quem libera este mundo.

SIGNIFICADO—Parīkṣit Mahārāja não deveria ter-se espantado tanto com o fato de que as aparentes aventuras românticas do Senhor Kṛṣṇa, na verdade, destinam-se a liberar o universo inteiro. Afinal, este é o propósito do Senhor – levar todas as almas condicionadas de volta ao lar, de volta ao Supremo, para uma vida eterna de bem-aventurança e co­nhecimento. As aventuras conjugais do Senhor com as gopīs se ajus­tam muito bem com este programa porque nós, que de fato temos uma consciência material luxuriosa, podemos nos purificar e nos liberar por ouvir falar sobre elas.

No primeiro canto do Śrīmad-Bhāgavatam (1.5.33), Nārada Muni afirma:

āmayo yaś ca bhūtānāṁ
jāyate yena su-vrata
tad eva hy āmayaṁ dravyaṁ
na punāti cikitsitam

“Ó boa alma, não é verdade que uma substância aplicada de modo terapêutico cura uma doença causada por essa mesma substância?” Logo, as aventuras amorosas de Kṛṣṇa, sendo atividades puras e espirituais, curarão da doença da luxúria material aqueles que as ouvirem.

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