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VERSO 12

bāhuṁ priyāṁsa upadhāya gṛhīta-padmo
rāmānujas tulasikāli-kulair madāndhaiḥ
anvīyamāna iha vas taravaḥ praṇāmaṁ
kiṁ vābhinandati caran praṇayāvalokaiḥ

bāhum — Seu braço; priyā — de Sua amada; aṁse — no ombro; upadhāya — pondo; gṛhīta — segurando; padmaḥ — um lótus; rāma­-anujaḥ — Kṛṣṇa, o irmão mais novo de Balarāma; tulasikā — que estão enxameando ao redor dos mañjarīs de tulasī (que ornamentam Sua guirlanda); ali-kulaiḥ — pelas muitas abelhas; mada — de embriaguez; andhaiḥ — que estão cegas; anvīyamānaḥ — sendo seguidas; iha — aqui; vaḥ — vossas; taravaḥ — ó árvores; praṇāmam — o prostrar-se; kim vā — se; abhinandati — reconheceu; caran — enquanto andava por; pra­ṇaya — cheios de amor; avalokaiḥ — com Seus olhares.

Ó árvores, vemos que estais prostradas. Quando o irmão mais novo de Rāma passou por aqui, seguido de abelhas inebriadas enxameando ao redor dos mañjarīs de tulasī que enfeitam Sua guirlanda, Ele reconheceu vossas reverências com Seus olhares afetuosos? Ele certamente estava com o braço descansando no ombro de Sua amada e levando na outra mão uma flor de lótus.

SIGNIFICADO—As gopīs viram que as árvores, curvadas devido à abundância de frutas e flores, estavam oferecendo reverências ao Senhor Kṛṣṇa. As gopīs supuseram que Kṛṣṇa devia ter passado há pouco por ali, pois as árvores ainda estavam prostradas. Porque Śrī Kṛṣṇa deixara as gopīs para ficar com Sua consorte favorita, elas sentiam ciúmes e, por isso, passaram a imaginar que Ele Se cansara com Suas aventuras amorosas e estava descansando Seu braço esquerdo no ombro delicado de Sua amada. As gopīs imaginaram ainda que Kṛṣṇa devia ter um lótus azul na mão direita para espantar as abelhas que se achavam ávidas por atacar o rosto de Sua amada após sentirem seu aroma. A cena era tão bela, imaginavam as gopīs, que as abelhas enlouquecidas haviam deixado o jardim de tulasīs para seguir o casal de amantes.

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