VERSO 9
cūta-priyāla-panasāsana-kovidāra
jambv-arka-bilva-bakulāmra-kadamba-nīpāḥ
ye ’nye parārtha-bhavakā yamunopakūlāḥ
śaṁsantu kṛṣṇa-padavīṁ rahitātmanāṁ naḥ
cūta — ó trepadeira da mangueira; priyāla — ó priyāla (espécie de árvore śāla); panasa — ó jaqueira; āsana — ó āsana (espécie de śāla amarelo); kovidāra — ó kovidāra; jambu — ó jambeiro; arka — ó planta arka; bilva — ó árvore de bel; bakula — ó mimosa; āmra — ó mangueira; kadamba — ó árvore kadamba; nīpāḥ — ó nīpa (espécie menor de kadamba); ye — que; anye — outras; para — de outras; artha — por causa de; bhavakāḥ — cuja existência; yamunā-upakūlāḥ — que moram perto da margem do rio Yamunā; śaṁsantu — por favor, dizei; kṛṣṇa-padavīm — o caminho que Kṛṣṇa tomou; rahita — que fomos privadas; ātmanām — de nossas mentes; naḥ — a nós.
Ó cūta, ó priyāla, ó panasa, āsana e kovidāra, ó jambu, ó arka, ó bilva, bakula e āmra, ó kadamba e nīpa e todas vós, as demais plantas e árvores residentes nas margens do Yamunā e que dedicais vossa existência ao bem-estar alheio, nós gopīs perdemos nossas mentes, então, por favor, dizei-nos para onde Kṛṣṇa foi.
SIGNIFICADO—Segundo Śrīla Jīva Gosvāmī, cūta é uma trepadeira da mangueira, ao passo que āmra é uma mangueira. Ele continua explicando que nīpa, embora não seja uma árvore muito proeminente, tem grandes flores, e que o desespero que as gopīs sentiam por não encontrar Kṛṣṇa fica patente pelo fato de elas se aproximarem da insignificante arka.
Śrīla Viśvanātha Cakravartī apresenta a seguinte informação sobre as árvores de Vṛndāvana: “Nīpa é a ‘kadamba do pó’ e tem grandes folhas. A kadamba propriamente dita tem flores pequenas e um perfume muito agradável. Kovidāra é uma espécie particular de kañcanāra [ébano da montanha]. Embora a planta arka seja muito insignificante, ela sempre cresce perto do Senhor Gopīśvara [a deidade de Śiva na floresta de Vṛndāvana], pois lhe é muito querida.”