VERSO 19
śrī-gopya ūcuḥ
aho vidhātas tava na kvacid dayā
saṁyojya maitryā praṇayena dehinaḥ
tāṁś cākṛtārthān viyunaṅkṣy apārthakaṁ
vikrīḍitaṁ te ’rbhaka-ceṣṭitaṁ yathā
śrī-gopyaḥ ūcuḥ — as gopīs disseram; aho — ó; vidhātaḥ — Providência; tava — tua; na — não há; kvacit — em parte alguma; dayā — misericórdia; saṁyojya — unindo; maitryā — com amizade; praṇayena — e com amor; dehinaḥ — seres vivos corporificados; tān — a eles; ca — e; akṛta — não realizados; arthān — seus objetivos; viyunaṅkṣi — separas; apārthakam — inutilmente; vikrīḍitam — brinquedo; te — teu; arbhaka — de criança; ceṣṭitam — a atividade; yathā — como.
As gopīs disseram: Ó Providência, não tens misericórdia! Unes as criaturas corporificadas em relações de amizade e amor e, em seguida, sem nenhuma sensatez, tu as separas antes que possam satisfazer seus desejos. Este teu jogo caprichoso é como uma brincadeira de criança.