VERSO 45
te vai rajaḥ-prakṛtayas
tamasā mūḍha-cetasaḥ
satāṁ vidveṣam ācerur
ārād āgata-mṛtyavaḥ
te — todos os ministros assúricos; vai — na verdade; rajaḥ-prakṛtayaḥ — possuídos de paixão; tamasā — mergulhados na ignorância; mūḍha-cetasaḥ — pessoas tolas; satām — de pessoas santas; vidveṣam — perseguição; āceruḥ — executaram; ārāt āgata-mṛtyavaḥ — a morte iminente já tendo se encarregado deles.
Transbordando de paixão e ignorância e não sabendo o que era bom ou ruim para eles, os asuras, por quem esperava a morte iminente, começaram a perseguição às pessoas santas.
SIGNIFICADO—Como se afirma na Bhagavad-gītā (2.13):
dehino ’smin yathā dehe
kaumāraṁ yauvanaṁ jarā
tathā dehāntara-prāptir
dhīras tatra na muhyati
“Assim como, neste corpo, a alma corporificada seguidamente passa da infância à juventude e à velhice, do mesmo modo, na hora da morte, a alma passa para outro corpo. A alma autorrealizada não se confunde com essas mudanças.” As pessoas irresponsáveis, possuídas de paixão e ignorância, cometem a tolice de agir como não se deve agir (nūnaṁ pramattaḥ kurute vikarma). Mas todos devem conhecer os resultados das ações irresponsáveis, como se explica no próximo verso.