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VERSOS 22-23

nācalat tat-prahāreṇa
mālāhata iva dvipaḥ
bāhvor nigṛhya cāṇūraṁ
bahuśo bhrāmayan hariḥ

bhū-pṛṣṭhe pothayām āsa
tarasā kṣīṇa jīvitam
visrastākalpa-keśa-srag
indra-dhvaja ivāpatat

na acalat — Ele (o Senhor Kṛṣṇa) não Se mexeu; tat-prahārea — por causa de seus golpes; mālā — com uma guirlanda; āhata — gol­peado; iva — como; dvipa — um elefante; bāhvo — pelos dois braços; nighya — agarrando; ūram — Cāṇūra; bahuśa — várias vezes; bhrā­mayan — girando-o; hari — o Senhor Kṛṣṇa; bhū — da terra; pṛṣṭhe — na superfície; pothayām āsa — atirou; tarasā — com força; kīa — per­dida; jīvitam — sua vida; visrasta — espalhados; ākalpa — suas roupas; keśa — cabelo; srak — e guirlandas de flores; indra-dhvaja — uma alta coluna de festival; iva — como se; apatat — caiu.

Não mais abalado pelos poderosos golpes do demônio do que um elefante atingido por uma guirlanda de flores, o Senhor Kṛṣṇa agarrou Cāṇūra pelos braços, girou-o no ar várias vezes e ati­rou-o no chão com toda a força. Com as roupas, cabelo e guir­landa espalhados, o lutador caiu morto como uma enorme coluna de festival a desmoronar.

SIGNIFICADO—Śrīla Śrīdhara Svāmī explica as palavras indra-dhvaja da seguin­te maneira: “Na Bengala, por ocasião de certo festival, as pessoas erguem uma coluna alta em forma de homem e a enfeitam com bandeiras, flâmulas etc. Ele [Cāṇūra] caiu do mesmo modo que tal poste cairia.”

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