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VERSO 52

he nātha he ramā-nātha
vraja-nāthārti-nāśana
magnam uddhara govinda
gokulaṁ vṛjinārṇavāt

he nātha — ó mestre; he ramā-nātha — ó amo da deusa da fortuna; vraja-nātha — ó senhor da vila dos vaqueiros; ārti — do sofrimento; nāśana — ó destruidor; magnam — submersa; uddhara — ergue; govinda — ó Govinda; gokulam — Gokula; vjina — de aflição; aravāt — do oceano.

Ó mestre, ó amo da deusa da fortuna, ó senhor de Vraja! Ó destruidor de todo o sofrimento, Govinda, por favor, ergue Tua Gokula do oceano de aflição em que ela está se afogando.

SIGNIFICADO—Śrīla Viśvanātha Cakravartī apresenta o seguinte insight sobre esta cena: Alguém poderia propor às gopīs: “Por que não ides a algum outro lugar? Deixai Vṛndāvana e, então, não tereis de ver esses rios, montanhas e florestas. Cobri vossos olhos com vossas roupas, usai vossa inteligência para dirigir vossa mente para algum outro pensamento e, assim, esquecei Kṛṣṇa.” As gopīs respondem a essa suges­tão no verso anterior, dizendo: “Não possuímos mais inteligência, pois Kṛṣṇa a levou embora com Sua beleza e fascínio supremos.”

Agora, no presente verso, os sentimentos das gopīs tornam-se tão fortes que elas desconsideram Uddhava e, voltando-se para Mathu­rā, dirigem-se ao próprio Kṛṣṇa com humildes apelos. Elas chamam Kṛṣṇa de Vrajanātha porque, no passado, o jovem Kṛṣṇa executou muitos passatempos inconcebíveis para proteger Seu amado povo da vila, tais como erguer a colina Govardhana e destruir muitos demônios monstruosos. Neste verso comovente, as gopīs rogam a Kṛṣṇa que Se lembre da maravilhosa e doce relação que desfrutaram juntos como inocentes moradores de vila. De fato, Śrī Kṛṣṇa cos­tumava tomar conta das vacas de Seu pai com grande amor, e as gopīs apelaram para que Ele Se lembrasse desses deveres e voltasse para reassumi-los.

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