VERSO 22
adharmopacitaṁ vittaṁ
haranty anye ’lpa-medhasaḥ
sambhojanīyāpadeśair
jalānīva jalaukasaḥ
adharma — por meios irreligiosos; upacitam — ajuntada; vittam — riqueza; haranti — roubam; anye — outras pessoas; alpa-medhasaḥ — de quem não é inteligente; sambhojanīya — como exigindo apoio; apadeśaiḥ — pelas designações falsas; jalāni — água; iva — como; jala-okasaḥ — de um residente da água.
Disfarçados de dependentes queridos, estranhos roubam de um homem tolo sua riqueza adquirida por meios escusos, assim como a prole do peixe bebe toda a água que o sustenta.
SIGNIFICADO—As pessoas em geral acham que não podem viver sem sua riqueza, embora sua posse seja circunstancial e temporária. Assim como a riqueza concede vida a um homem comum, a água concede vida ao peixe. Os queridos dependentes da pessoa, contudo, roubam-lhe a riqueza, assim como a prole do peixe bebe toda a água que o sustenta. Nas palavras de Śrīla Bhaktivinoda Ṭhākura, este mundo é “uma estranha morada”.