VERSO 57
ciram iha vṛjinārtas tapyamāno ’nutāpair
avitṛṣa-ṣaḍ-amitro ’labdha-śāntiḥ kathañcit
śaraṇa-da samupetas tvat-padābjaṁ parātman
abhayam ṛtam aśokaṁ pāhi māpannam īśa
ciram — há muito tempo; iha — neste mundo; vṛjina — por perturbações; ārtaḥ — aflito; tapyamānaḥ — atormentado; anutāpaiḥ — com remorso; avitṛṣa — não saciados; ṣaṭ — seis; amitraḥ — cujos inimigos (os cinco sentidos e a mente); alabdha — não alcançando; śāntiḥ — paz; kathañcit — de algum modo; śaraṇa — abrigo; da — ó Vos que dais; samupetaḥ — que me aproximei; tvat — de Vossos; pada-abjam — pés de lótus; para-ātman — ó Alma Suprema; abhayam — sem temor; ṛtam — a verdade; aśokam — livre de aflição; pāhi — por favor, protegei; mā — me; āpannam — que enfrento perigos; īśa — ó Senhor.
Há muito tempo, tenho sido afligido por problemas neste mundo e tenho ardido em lamentações. Meus seis inimigos jamais se saciam, e não consigo encontrar a paz. Portanto, ó Vós que concedeis abrigo, ó Alma Suprema, por favor, protegei-me. Ó Senhor, em meio ao perigo, tive a boa fortuna de me aproximar de Vossos pés de lótus, que são a verdade e que, assim, tornam as pessoas destemidas e livres de aflição.