VERSO 45
tāṁ vai pravayaso bālāṁ
vidhi-jñā vipra-yoṣitaḥ
bhavānīṁ vandayāṁ cakrur
bhava-patnīṁ bhavānvitām
tām — a ela; vai — de fato; pravayasaḥ — mais velhas; bālām — a jovem; vidhi — das prescrições ritualísticas; jñāḥ — conhecedoras peritas; vipra — dos brāhmaṇas; yoṣitaḥ — as esposas; bhavānīm — à deusa Bhavānī; vandayām cakruḥ — orientaram a como oferecer respeitos; bhava-patnīm — à esposa de Bhava (o senhor Śiva); bhava-anvitām — acompanhada pelo senhor Bhava.
As esposas mais velhas dos brāhmaṇas, peritas no conhecimento dos rituais, orientaram a jovem Rukmiṇī a como oferecer respeitos a Bhavānī, que aparecia com seu consorte, o senhor Bhava.
SIGNIFICADO—Segundo os ācāryas, aqui o termo bhavānvitām indica que, no templo de Ambikā, visitado por Rukmiṇī, a deidade regente era a deusa, cujo marido aparecia em um papel de acompanhante. Assim, o ritual era convenientemente executado por mulheres.
Śrīla Viśvanātha Cakravartī comenta que o termo vidhi-jñāḥ pode significar que, como as esposas eruditas dos brāhmaṇas sabiam do desejo de Rukmiṇī de casar-se com Kṛṣṇa, o verbo vandayāṁ cakruḥ indica, então, que as senhoras a estimularam a orar pelo que ela mais queria. Desse modo, assim como a deusa Bhavānī, Rukmiṇī poderia unir-se a seu eterno companheiro.