VERSO 21
nānyaṁ patiṁ vṛṇe vīra
tam ṛte śrī-niketanam
tuṣyatāṁ me sa bhagavān
mukundo ’nātha-saṁśrayaḥ
na — nenhum; anyam — outro; patim — marido; vṛṇe — escolherei; vīra — ó herói; tam — Ele; ṛte — exceto; śrī — da deusa da fortuna; niketanam — a morada; tuṣyatām — que, por favor, fique satisfeito; me — comigo; saḥ — Ele; bhagavān — o Senhor Supremo; mukundaḥ — Kṛṣṇa; anātha — daqueles que não têm amo; saṁśrayaḥ — o abrigo.
Não aceitarei outro marido senão Ele, a morada da deusa da fortuna. Que esse Mukunda, a Suprema Personalidade, o abrigo dos desamparados, fique satisfeito comigo.
SIGNIFICADO—Aqui, a bela Kālindī revela alguma apreensão. Ela insiste que não aceitará nenhum marido senão o Senhor Kṛṣṇa e afirma que Ele é o abrigo daqueles que não têm outro amo. Como ela não aceitará nenhum outro abrigo, Kṛṣṇa deve dar-lhe abrigo. Além disso, ela diz que tuṣyatāṁ me sa bhagavān: “Que esse Senhor Supremo fique satisfeito comigo.” Essa é sua oração.
Como salienta Śrīla Viśvanātha Cakravartī, embora seja uma jovem indefesa que se encontra em um lugar retirado, Kālindī não está com medo. Esta fé inabalável no Senhor Kṛṣṇa e devoção a Ele é a consciência de Kṛṣṇa ideal, e o desejo de Śrīmatī Kālindī logo será realizado.