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CAPÍTULO CINQUENTA E OITO

Kṛṣṇa casa-Se com Cinco Princesas

Este capítulo descreve como o Senhor Kṛṣṇa casou-Se com cinco noivas, a começar por Kālindī, e foi a Indraprastha visitar os Pāṇḍavas.

Depois que os Pāṇḍavas haviam completado seu exílio como incógnitos, o Senhor Kṛṣṇa, junto de Sātyaki e outros Yadus, foi visitá-los em Indraprastha. Os Pāṇḍavas saudaram o Senhor e abraçaram-nO com grande êxtase. A nova noiva deles, Draupadī, aproxi­mou-se timidamente de Kṛṣṇa e prostrou-se diante dEle. Em seguida, os Pāṇḍavas adoraram de maneira conveniente e deram boas-vindas a Sātyaki e aos outros companheiros do Senhor, oferecendo-lhes lugares para se sentarem.

O Senhor Kṛṣṇa fez uma visita à rainha Kuntī, e, depois de Kṛṣṇa lhe oferecer respeitos, eles indagaram um do outro sobre os membros de suas famílias. Enquanto recordava os vários sofrimentos que Duryodhana infligira a ela e a seus filhos, Kuntīdevī declarou que Kṛṣṇa era o úni­co protetor deles. “És o benquerente do universo inteiro”, disse ela, “mas, ainda que sejas livre de toda a ilusão decorrente de pensar em termos de ‘meu’ e ‘alheio’, Tu resides no coração daqueles que estão sempre a meditar em Ti, e destróis todos os sofrimentos deles a partir de dentro de seus corações.” Yudhiṣṭhira, então, disse a Kṛṣṇa: “É apenas porque executamos muitas ações piedosas que somos capazes de ver Teus pés de lótus, os quais mesmo grandes yogīs acham im­possíveis de serem alcançados.” Honrado pelo rei Yudhiṣṭhira, Śrī Kṛṣṇa permane­ceu alegremente como hóspede em Indraprastha durante vários meses.

Certo dia, Kṛṣṇa e Arjuna estavam caçando na floresta. Enquanto se banhavam no rio Yamunā, eles viram uma encantadora donzela. A pedido de Kṛṣṇa, Arjuna se dirigiu até a moça e perguntou-lhe quem era ela. A linda donzela respondeu: “Sou Kālindī, a filha do deus do Sol. Com a esperança de conseguir o Senhor Viṣṇu como meu marido, tenho praticado severas austeridades. Não aceitarei ninguém mais como esposo e, até que Ele Se case comigo, permanecerei no Yamunā, morando em uma casa construída aqui por meu pai.” Depois que Arjuna relatou tudo isso a Kṛṣṇa, o Senhor onisciente colocou Kālindī em Sua quadriga, após o que eles três regressaram à residência de Yudhiṣṭhira.

Posteriormente, os Pāṇḍavas pediram a Kṛṣṇa que lhes construísse uma cidade, e Ele o fez, encarregando Viśvakarmā, o arquiteto dos semideuses, de construir uma cidade muito encantadora. O Senhor satisfez Seus amados devotos permanecendo ali com eles durante algum tempo. Depois, para agradar Agni, o deus do fogo, Kṛṣṇa fez arranjos para oferecer-lhe a floresta Khāṇḍava. O Senhor pediu que Arjuna queimasse a floresta e acompanhou-o como seu cocheiro. Agni ficou tão contente com a oferenda que deu de presente a Arjuna o arco Gāṇḍīva, um grupo de cavalos, uma quadriga, duas aljavas inexauríveis e uma armadura. Enquanto ardia em chamas a floresta Khāṇḍava, Arjuna salvou do incêndio o demônio chamado Maya. Maya Dānava retribuiu construindo para Arjuna um esplêndido palá­cio. Neste edifício, Duryodhana mais tarde ficaria encharcado ao confundir a superfície de uma piscina com um assoalho sólido, passando, assim, por um momento muito constrangedor.

A seguir, o Senhor Kṛṣṇa pediu permissão a Arjuna e a Seus outros parentes para partir e, com seu séquito, voltou para Dvārakā. Ali, casou-Se com Kālindī. Algum tempo depois, Ele foi a Avantīpura, onde, na presença de muitos reis, raptou a irmã do rei de Avantī, Mitravindā, que estava muito atraída por Ele.

No reino de Ayodhyā, vivia um devotado rei chamado Nagnajit. Ele tinha uma filha extraordinariamente bela e em idade de se casar, cha­mada Satyā, ou Nāgnajitī. Os parentes da moça haviam estipulado que qualquer homem que conseguisse subjugar certo grupo de sete touros ferozes ganharia a mão dela. Ao ouvir falar sobre essa prin­cesa, Kṛṣṇa foi para Ayodhyā com um grande contingente de solda­dos. O rei Nagnajit saudou-O com hospitalidade e, jubiloso, adorou-O com várias oferendas. Quando Satyā viu Kṛṣṇa, ela de imediato O de­sejou como seu marido, e o rei Nagnajit, compreendendo as inten­ções de sua filha, informou o Senhor Kṛṣṇa sobre seu próprio desejo de que Ele e sua filha se casassem. O rei afetuosamente disse ao Senhor: “Só Vós seríeis um marido adequado para minha filha e, se subjugardes os sete touros, com certeza podereis casar-Se com ela.”

O Senhor Kṛṣṇa, então, manifestou-Se em sete formas separadas e subjugou os sete touros. O rei Nagnajit ofertou adequadamente sua filha ao Senhor, junto com um dote de muitos presentes, e o Senhor levou Satyā em Sua quadriga para a viagem de volta a Dvārakā. Bem naquele momento, os reis rivais que haviam sido derrotados pelos touros tentaram atacar o Senhor Kṛṣṇa. Arjuna, no entanto, afugentou-os com facilidade, e Kṛṣṇa prosseguiu com Nāgnajitī rumo a Dvārakā.

Posteriormente, Śrī Kṛṣṇa casou-Se com Bhadrā após raptá-la de sua cerimônia de svayavara, e também casou-Se com Lakṣmaṇā, a filha do rei de Madra.

VERSO 1: Śukadeva Gosvāmī disse: Certa vez, a opulentíssima Personalidade de Deus foi a Indraprastha visitar os Pāṇḍavas, que de novo tinham aparecido em público. Acompanhando o Senhor, es­tavam Yuyudhāna e outros associados.

VERSO 2: Quando os Pāṇḍavas viram que o Senhor Mukunda chegara, aqueles heroicos filhos de Pṛthā levantaram-se todos ao mesmo tempo, assim como os sentidos respondendo à volta do ar vital.

VERSO 3: Os heróis abraçaram o Senhor Acyuta, e o contato com seu corpo livrou-os do pecado. Olhando para Seu rosto afetuoso e sorridente, eles foram tomados de júbilo.

VERSO 4: Depois de ter-Se prostrado aos pés de Yudhiṣṭhira e Bhīma e ter abraçado Arjuna firmemente, Ele aceitou reverências dos irmãos gêmeos, Nakula e Sahadeva.

VERSO 5: A impecável Draupadī, a recém-casada esposa dos Pāṇḍavas, devagar e com alguma timidez aproximou-se do Senhor Kṛṣṇa, que estava sentado em um assento elevado, e ofereceu-Lhe reverências.

VERSO 6: Sātyaki também aceitou um assento de honra após receber dos Pāṇḍavas adoração e boa acolhida, e os outros companheiros do Senhor, sendo honrados como se deve, sentaram-se em vários lugares.

VERSO 7: O Senhor, então, foi ver Sua tia, a rainha Kuntī. Ele Se prostrou­ diante dela e esta O abraçou com olhos turvos de lágrimas de­vido à grande afeição. O Senhor Kṛṣṇa perguntou a ela e a sua nora Draupadī sobre o seu bem-estar, e elas, por sua vez, indaga­ram-nO extensamente sobre Seus parentes [em Dvārakā].

VERSO 8: A rainha Kuntī ficou tão dominada pelo amor que sua garganta embargou e seus olhos encheram-se de lágrimas ao relembrar-se das muitas dificuldades que ela e seus filhos haviam enfrentado. Dessa maneira, ela se dirigiu ao Senhor Kṛṣṇa, que aparece dian­te de Seus devotos para afastar-lhes o sofrimento.

VERSO 9: [A rainha Kuntī disse:] Meu querido Kṛṣṇa, nosso bem-estar só foi assegurado quando Te lembraste de nós, Teus parentes, e deste-nos Tua proteção enviando meu irmão para visitar-nos.

VERSO 10: Para Ti, ó amigo benquerente e Alma Suprema do universo, jamais existe a ilusão de pensar em termos de “nós” e “eles”. Ainda assim, residindo dentro do coração de todos, erradi­cas os sofrimentos daqueles que se lembram constantemente de Ti.

VERSO 11: O rei Yudhiṣṭhira disse: Ó controlador supremo, não sei que ações piedosas nós, tolos, fizemos para podermos ver-Te, sendo-Te raramente visto mesmo pelos mestres da perfeição ióguica.

VERSO 12: Solicitado pelo rei a ficar com eles, o Senhor onipotente permaneceu feliz em Indraprastha durante os meses da estação chu­vosa, proporcionando júbilo aos olhos dos residentes da cidade.

VERSOS 13-14: Certa vez, Arjuna, o matador de poderosos inimigos, vestiu sua armadura, montou em sua quadriga, que trazia a bandeira de Hanumān, apanhou seu arco e suas duas aljavas inexauríveis, e saiu a se divertir com o Senhor Kṛṣṇa em uma grande floresta cheia de animais ferozes.

VERSO 15: Naquela floresta, Arjuna atirou flechas em tigres, javalis e búfalos, bem como em rurus, śarabhas, gavayas, rinocerontes, veados pretos, coelhos e porcos-espinhos.

VERSO 16: Uma equipe de servos levou ao rei Yudhiṣṭhira os animais mortos que eram próprios para ser oferecidos em sacrifício em alguma ocasião especial. Então, sedento e cansado, Arjuna foi até a margem do Yamunā.

VERSO 17: Depois de se banharem ali, os dois Kṛṣṇas beberam a água cristalina do rio. Os grandes guerreiros, então, viram uma atraente jovem que caminhava ali perto.

VERSO 18: Enviado por seu amigo, Arjuna aproximou-se da jovem extraordinária, que possuía belos quadris, lindos dentes e um rosto gracioso, e perguntou-lhe o seguinte.

VERSO 19: [Arjuna disse:] Quem és tu, ó dama de cintura fina? De quem és filha, e de onde vens? O que estás fazendo aqui? Acho que estás procurando por um marido. Por favor, explica-nos tudo isso, ó bela mulher.

VERSO 20: Śrī Kālindī disse: Sou filha do deus do Sol. Desejo obter como meu marido o mais magnífico e munificente Senhor Viṣṇu e, com esse objetivo, estou praticando severas penitências.

VERSO 21: Não aceitarei outro marido senão Ele, a morada da deusa da fortuna. Que esse Mukunda, a Suprema Personalidade, o abrigo dos desamparados, fique satisfeito comigo.

VERSO 22: Sou conhecida como Kālindī e moro em uma mansão que meu pai construiu para mim dentro da água do Yamunā. Ali perma­necerei até encontrar o Senhor Acyuta.

VERSO 23: [Śukadeva Gosvāmī continuou:] Arjuna repetiu essas palavras ao Senhor Vāsudeva, que já era ciente de tudo isso. O Senhor, então, levou Kālindī à Sua quadriga e voltou para ver o rei Yudhiṣṭhira.

VERSO 24: [Descrevendo um incidente anterior, Śukadeva Gosvāmī disse:] A pedido dos Pāṇḍavas, o Senhor Kṛṣṇa mandou Viśvakarmā construir para eles uma cidade muito maravilhosa e estupenda.

VERSO 25: O Senhor Supremo permaneceu algum tempo naquela cidade para satisfazer Seus devotos. Certa ocasião, Śrī Kṛṣṇa quis dar a floresta Khāṇḍava de presente para Agni, e assim o Senhor Se fez quadrigário de Arjuna.

VERSO 26: Uma vez satisfeito, ó rei, o Senhor Agni ofertou a Arjuna um arco, um grupo de cavalos brancos, uma quadriga, um par de aljavas inexauríveis e uma armadura que nenhum lutador pode­ria trespassar com suas armas.

VERSO 27: Quando foi salvo do incêndio por seu amigo Arjuna, o demônio Maya presenteou-o com um salão de assembleias, no qual mais tarde Duryodhana confundiria água com um assoalho sólido.

VERSO 28: Então, o Senhor Kṛṣṇa, depois de receber permissão de Arjuna e de outros parentes e amigos benquerentes, regressou a Dvārakā com Sātyaki e o resto de sua comitiva.

VERSO 29: O auspiciosíssimo Senhor, a seguir, casou-Se com Kālindī em um dia em que a estação, o asterismo lunar e as configurações do Sol e outros corpos celestes eram todos propícios. Dessa maneira, Ele proporcionou absoluto prazer a Seus devotos.

VERSO 30: Vindya e Anuvindya, que partilhavam o trono de Avantī, eram seguidores de Duryodhana. Quando chegou a ocasião da irmã deles [Mitravindā] escolher um marido na cerimônia de svayaṁ­vara, eles a proibiram de escolher Kṛṣṇa, embora ela sentisse atração pelo Senhor.

VERSO 31: Meu querido rei, o Senhor Kṛṣṇa arrebatou a princesa Mitravindā, filha de Sua tia Rājādhidevī, diante dos olhos dos reis rivais.

VERSO 32: Ó rei, Nagnajit, o piedosíssimo rei de Kośala, tinha uma amável filha chamada Satyā, ou Nāgnajitī.

VERSO 33: Os reis que se apresentavam como pretendentes não tinham permissão de casar-se com ela se não pudessem subjugar sete touros de chifres pontiagudos. Esses touros eram muitos perversos e incontroláveis, e não podiam tolerar sequer o cheiro de guerreiros.

VERSO 34: Quando ouviu falar da princesa que seria ganha por aquele que vencesse os touros, a Suprema Personalidade de Deus, o mestre dos vaiṣṇavas, foi para a capital de Kauśalya com um grande exército.

VERSO 35: O rei de Kośala, satisfeito de ver o Senhor Kṛṣṇa, adorou-O levantando-se de seu trono e oferecendo-Lhe um lugar de honra e presentes de valor. O Senhor Kṛṣṇa também saudou o rei com respeito.

VERSO 36: Ao ver chegar aquele pretendente tão adequado, a filha do rei de imediato desejou ficar com Ele, o Senhor da deusa Ramā. Ela orou: “Que Ele Se torne meu marido. Se cumpri meus votos, que o fogo sagrado realize minhas esperanças.”

VERSO 37: “A deusa Lakṣmī, o senhor Brahmā, o senhor Śiva e os governantes dos vários planetas colocam em suas cabeças a poeira de Seus pés de lótus, e, para proteger os códigos da religião, os quais Ele criou, o Senhor assume encarnações de passatempo em diversas ocasiões. Como essa Suprema Personalidade de Deus pode ficar satisfeito comigo?”

VERSO 38: O rei Nagnajit primeiro adorou o Senhor de maneira conveniente e, em seguida, dirigiu-se a Ele: “Ó Nārāyaṇa, Senhor do universo, sois completo em Vosso próprio prazer espiritual. Por­tanto, o que esta pessoa insignificante pode fazer por Vós?”

VERSO 39: Śukadeva Gosvāmī disse: Ó amado descendente de Kuru, o Senhor Supremo ficou satisfeito e, depois de aceitar um assento confortável, sorriu e dirigiu-Se ao rei com uma voz tão profunda quanto o ribombar de nuvens.

VERSO 40: O Senhor Supremo disse: Ó governante dos homens, as autoridades eruditas condenam a mendicância para alguém na ordem real que esteja a executar seus deveres religiosos. Ainda assim, desejando tua amizade, peço-te tua filha, embora não ofereçamos nenhum presente em troca.

VERSO 41: O rei disse: Meu Senhor, quem poderia ser um marido melhor para minha filha do que Vós, a exclusiva morada de todas as qualidades transcendentais? Em Vosso corpo, a própria deusa da for­tuna reside, nunca Vos deixando por razão alguma.

VERSO 42: Contudo, para garantir um marido adequado para a minha filha, ó chefe dos Sātvatas, estabelecemos outrora uma condição para testar a valentia de seus pretendentes.

VERSO 43: Esses sete touros selvagens são impossíveis de domar, ó herói. Eles derrotaram muitos príncipes, quebrando-lhes os membros do corpo.

VERSO 44: Se puderdes subjugá-los, ó descendente de Yadu, sereis com certeza o noivo adequado para minha filha, ó Senhor de Śrī.

VERSO 45: Ao ouvir estas condições, o Senhor ajustou Suas roupas, expandiu-Se em sete formas e facilmente subjugou os touros.

VERSO 46: O Senhor Śauri amarrou os touros, cujo orgulho e força estavam agora quebrados, e os arrastou com cordas assim como uma criança divertidamente arrasta touros de brinquedo.

VERSO 47: Então, o rei Nagnajit, satisfeito e maravilhado, ofertou sua filha ao Senhor Kṛṣṇa. A Suprema Personalidade de Deus aceitou esta noiva adequada segundo o procedimento védico correto.

VERSO 48: As esposas do rei sentiram o mais sublime êxtase ao consegui­rem o Senhor Kṛṣṇa como o querido esposo da princesa real, e uma atmosfera de grande festividade se fez presente.

VERSO 49: Búzios, cornetas e tambores ressoaram, ao acompanhamen­to de música vocal e instrumental e dos sons dos brāhmaṇas que invocavam bênçãos. Os homens e mulheres jubilosos adornaram­-se com finas roupas e guirlandas.

VERSOS 50-51: Como dote, o poderoso rei Nagnajit deu dez mil vacas, três mil jovens servas adornadas com ornamentos de ouro no pescoço e vestidas com belas roupas, nove mil elefantes, cem vezes mais quadrigas do que elefantes, cem vezes mais cavalos do que quadrigas, cem vezes mais servos do que cavalos.

VERSO 52: O rei de Kośala, com o coração derretendo-se de afeição, pediu à noiva e ao noivo que se sentassem na quadriga deles, após o que ele os viu partirem rodeados por um grande exército.

VERSO 53: Quando os reis intolerantes que tinham sido pretendentes rivais ouviram o que acontecera, eles tentaram deter o Senhor Kṛṣṇa na estrada enquanto este levava Sua esposa para casa. Mas assim como os touros anteriormente haviam destroçado a força dos reis, os guerreiros Yadus destroçaram-na agora.

VERSO 54: Arjuna, o manejador do arco Gāṇḍīva, estava sempre desejoso de agradar seu amigo Kṛṣṇa, de modo que rechaçou aqueles adversários, que disparavam torrentes de flechas contra o Senhor. Ele fez isso assim como um leão afugenta animais insignificantes.

VERSO 55: O Senhor Devakī-suta, o principal dos Yadus, então levou Seu dote e Satyā para Dvārakā e ali continuou a viver feliz.

VERSO 56: Bhadrā era uma princesa do reino de Kaikeya e filha da tia paterna do Senhor Kṛṣṇa, Śrutakīrti. O Senhor Se casou com Bhadrā quando os irmãos desta, liderados por Santardana, ofereceram-na a Ele.

VERSO 57: Depois, o Senhor casou-Se com Lakṣmaṇā, a filha do rei de Madra. Kṛṣṇa apareceu sozinho em sua cerimônia de svayaṁ­vara e levou-a embora, assim como Garuḍa certa vez roubou o néctar dos semideuses.

VERSO 58: O Senhor Kṛṣṇa também adquiriu milhares de outras esposas iguais a essas depois de matar Bhaumāsura e libertar as lindas donzelas que o demônio mantinha cativas.

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