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VERSO 19

yaśodā-rohiṇībhyāṁ tāḥ
samaṁ bālasya sarvataḥ
rakṣāṁ vidadhire samyag
go-puccha-bhramaṇādibhiḥ

yaśodā-rohiṇībhyām — com mãe Yaśodā e mãe Rohiṇī, que eram as principais pessoas encarregadas de cuidar da criança; tāḥ — as outras gopīs; samam — tão importantes como Yaśodā e Rohiṇī; bālasya — da criança; sarvataḥ — contra todos os perigos; rakṣām — prote­ção; vidadhire — executaram; samyak — completamente; go-puccha­-bhramaṇa-ādibhiḥ — girando a ponta da cauda de uma vaca.

Em seguida, mãe Yaśodā e Rohiṇī, juntamente com as outras gopīs mais velhas, agitaram a ponta da cauda de uma vaca para dar plena proteção à criança Śrī Kṛṣṇa.

SIGNIFICADO—Quando Kṛṣṇa foi salvo de tamanho perigo, mãe Yaśodā e Rohi­ṇī foram as primeiras a ficarem preocupadas, e as outras gopīs mais velhas, que também tiveram praticamente a mesma preocupa­ção, seguiram as atividades de mãe Yaśodā e Rohiṇī. Observamos aqui que, nos afazeres domésticos, as senhoras poderiam encarregar­-se de proteger uma criança valendo-se da simples ajuda da vaca. Como se descreve aqui, elas sabiam como agitar a ponta do rabo de uma vaca de modo a proteger a criança contra toda classe de perigos. Existem muitas condições favoráveis alcançadas mediante a proteção à vaca, mas as pessoas desconhecem essas artes. A im­portância da proteção às vacas, portanto, é enfatizada por Kṛṣṇa na Bhagavad-gītā (kṛṣi-go-rakṣya-vāṇijyaṁ vaiśya-karma svabhāvajam). Mesmo agora, nas vilas indianas adjacentes a Vṛndāvana, os moradores vivem felizes simplesmente protegendo a vaca. Eles aproveitam o estrume da vaca muito cuidadosamente e secam-no para usá-lo como combustível. Eles mantêm um estoque suficiente de cereais e, como protegem as vacas, têm bastante leite e produtos lácteos para resolver todos os problemas econômicos. Pelo simples fato de dar prote­ção à vaca, os residentes das vilas vivem muito pacificamente. Até mesmo a urina e o excremento das vacas têm valor medicinal.

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