VERSOS 27-28
pramṛjyāśru-kale netre
stanau copahatau śucā
āśliṣya bāhunā rājan
ananya-viṣayāṁ satīm
sāntvayām āsa sāntva-jñaḥ
kṛpayā kṛpaṇāṁ prabhuḥ
hāsya-prauḍhi-bhramac-cittām
atad-arhāṁ satāṁ gatiḥ
pramṛjya — enxugando; aśru-kale — cheios de lágrimas; netre — seus olhos; stanau — seus seios; ca — e; upahatau — desarranjados; śucā — por suas lágrimas aflitas; āśliṣya — abraçando-a; bāhunā — com Seu braço; rājan — ó rei (Parīkṣit); ananya — nenhum outro; viṣayām — cujo objeto de desejo; satīm — casta; sāntvayām āsa — Ele consolou; sāntva — nas maneiras de consolar; jñaḥ — o conhecedor perito; kṛpayā — com compaixão; kṛpaṇām — a patética; prabhuḥ — o Senhor Supremo; hāsya — de Seu gracejo; prauḍhi — pela astúcia; bhramat — tornando-se perplexa; cittām — cuja mente; atat-arhām — não merecendo aquilo; satām — dos devotos puros; gatiḥ — a meta.
Enxugando-lhe os olhos lacrimejantes e os seios manchados de lágrimas de pesar, o Senhor Supremo, a meta de Seus devotos, abraçou Sua casta esposa, que não desejava nada além dEle, ó rei. Perito na arte de apaziguar, Śrī Kṛṣṇa consolou com ternura a lamuriosa Rukmiṇī, cuja mente ficou desconcertada por Sua astuta brincadeira e que não merecia sofrer assim.