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VERSO 40

jāḍyaṁ vacas tava gadāgraja yas tu bhūpān
vidrāvya śārṅga-ninadena jahartha māṁ tvam
siṁho yathā sva-balim īśa paśūn sva-bhāgaṁ
tebhyo bhayād yad udadhiṁ śaraṇaṁ prapannaḥ

jāyam — tolice; vaca — palavras; tava — Tuas; gadāgraja — ó Gadāgraja; ya — que; tu — mesmo; bhū-pān — os reis; vidrāvya — afugentando; śārga — de Śārṅga, Teu arco; ninadena — pelo ressoar; jahartha — arrebataste; mām — me; tvam — Tu; siha — um leão; yathā — como; sva — Teu; balim — tributo; īśa — o Senhor; paśūn — animais; sva-bhāgam — sua partilha; tebhya — deles; bhayāt — por medo; yat — que; udadhim — no oceano; śaraa-prapanna — Tu Te abrigaste.

Meu Senhor, assim como um leão afugenta animais inferiores para exigir o tributo que lhe cabe, Tu, com o tanger ressoante de Teu arco Śārṅga, enxotaste os reis reunidos e, depois, reivindicaste a mim, Tua justa partilha. Logo, não passa de absoluta tolice, meu querido Gadāgraja, dizeres que Te abrigaste no oceano por temor a esses reis.

SIGNIFICADO—No verso 12 deste capítulo, o Senhor Kṛṣṇa disse que rājabhyo bibhyata su-bhru samudra śarana gatān: “Aterrorizado com aqueles reis, fomos para o oceano em busca de refúgio.” Segundo os ācāryas, o Senhor Kṛṣṇa acabou provocando a ira de Rukmiṇī ao glorificar outros homens que poderiam ter sido seu marido, e, devido a isso, com um humor agitado, ela Lhe diz aqui que ela não é ignorante, mas sim que Ele falou tolices. Ela declara: “Tal qual um leão, raptaste-me na presença daqueles reis e os afugentaste com Teu arco Śārṅga; logo, é mera tolice dizeres que foste para o oceano por medo daqueles mesmos reis.” Segundo Śrīla Viśvanātha Cakravartī, enquanto falava estas palavras, a rainha Rukmiṇī franzia as sobrancelhas e lançava ao Senhor irados olhares de lado.

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