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VERSO 42

kānyaṁ śrayeta tava pāda-saroja-gandham
āghrāya san-mukharitaṁ janatāpavargam
lakṣmy-ālayaṁ tv avigaṇayya guṇālayasya
martyā sadoru-bhayam artha-viviita-dṛṣṭiḥ

kā — que mulher; anyam — outro homem; śrayeta — se abrigaria em; tava — Teus; pāda — dos pés; saroja — do lótus; gandham — o aroma; āghrāya — tendo sentido; sat — por grandes santos; mukharitam — descrito; janatā — a todas as pessoas; apavargam — que concede liberação; lakmī — da deusa da fortuna; ālayam — o lugar de residência; tu — mas; avigaayya — não levando a sério; gua — de todas as qualidades transcendentais; ālayasya — da morada; martyā — mortal; sadā — sempre; uru — grande; bhayam — alguém que tem medo; artha — seu melhor interesse; vivikta — que verifica; dṛṣṭi — cuja visão.

O aroma de Teus pés de lótus, que é glorificado por grandes santos, concede a liberação às pessoas e é a morada da deusa Lakṣmī. Que mulher se abrigaria em algum outro homem depois de saborear esse aroma? Visto seres a morada de qualidades transcendentais, que mulher mortal com a perspicácia para distinguir seu verdadeiro interesse desprezaria aquela fragrância e dependeria, em vez disso, de alguém que está sempre sujeito ao terrível medo?

SIGNIFICADO—No verso 16, o Senhor Kṛṣṇa alegou que era guair hīnā, “destituído de todas as boas qualidades”. Para refutar essa alegação, a devotada Rukmiṇī aqui afirma que o Senhor é guālaya, “a morada de todas as boas qualidades”. Em um só momento, os homens supostamente poderosos deste mundo podem ser reduzidos ao extremo desamparo e confusão. De fato, a destruição é o destino inevitável de todos os poderosos corpos masculinos. O Senhor, porém, tem um corpo eterno e espiritual que é onipotente e de beleza infinita; logo, conforme argumenta neste trecho a rainha Rukmiṇī, como uma mulher sã e iluminada poderia abrigar-se em alguém que não no Senhor Supremo, Kṛṣṇa?

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