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VERSO 10

tasyoṣā nāma duhitā
svapne prādyumninā ratim
kanyālabhata kāntena
prāg adṛṣṭa-śrutena sā

tasya — dele; ūā nāma — chamada Ūṣā; duhitā — filha; svapne — em um sonho; prādyumninā — com o filho de Pradyumna (Aniruddha); ratim — um encontro amoroso; kanyā — a moça solteira; alabhata — obteve; kāntena — com seu amante; prāk — antes; adṛṣṭa — jamais visto; śrutena — ou ouvido falar; sā — ela.

Em sonho, a filha de Bāṇa, a donzela Ūṣā, teve um encontro amoroso com o filho de Pradyumna, embora nunca antes tivesse visto seu amante ou ouvido falar dele.

SIGNIFICADO—Os incidentes agora descritos conduzirão à luta predita pelo senhor Śiva. Śrīla Viśvanātha Cakravartī Ṭhākura cita os seguintes versos do Viṣṇu Purāa, que explicam o sonho de Ūṣā:

ūṣā bāṇa-sutā vipra
pārvatīm śambhunā saha
krīḍantīm upalakṣyoccaiḥ
spṛhāṁ cakre tad-āśrayām

“Ó brāhmaa, quando aconteceu de Ūṣā, a filha de Bāṇa, ver Pārvatī se divertindo com seu marido, o senhor Śambhu, Ūṣā teve o desejo intenso de experimentar os mesmos sentimentos.”

tataḥ sakala-citta-jña
gaurī tām aha bhāvinīm
alam atyartha-tāpena
bhartrā tvam api raṁsyase

“Naquela ocasião, a deusa Gaurī [Pārvatī], que conhece o coração de todos, disse à sensível jovem: ‘Não fiques tão perturbada! Terás a oportunidade de desfrutar com teu próprio marido.’”

ity uktā sā tadā cakre
kadeti matim ātmanaḥ
ko vā bhartā mamety enāṁ
punar apy āha pārvatī

“Ao ouvir isso, Ūṣā pensou consigo mesma: ‘Mas quando? E quem será meu marido?’ Em resposta, Pārvatī dirigiu-se a ela mais uma vez.”

vaiśākha-śukla-dvādaśyāṁ
svapne yo ’bhibhavaṁ tava
kariṣyati sa te bhartā
rāja-putri bhaviṣyati

“‘O homem que se aproximar de ti em teu sonho no décimo segundo dia da lua cheia do mês de vaiśākha se tornará o teu marido, ó prin­cesa.’”

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