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VERSOS 7-9

upasthāyārkam udyantaṁ
tarpayitvātmanaḥ kalāḥ
devān ṛṣīn pitṝn vṛddhān
viprān abhyarcya cātmavān

dhenūnāṁ rukma-śṛṅgīnāṁ
sādhvīnāṁ mauktika-srajām
payasvinīnāṁ gṛṣṭīnāṁ
sa-vatsānāṁ su-vāsasām

dadau rūpya-khurāgrāṇāṁ
kṣaumājina-tilaiḥ saha
alaṅkṛtebhyo viprebhyo
badvaṁ badvaṁ dine dine

upasthāya — adorando; arkam — o Sol; udyantam — nascente; tarpayitvā — apaziguando; ātmanaḥ — Suas próprias; kalāḥ — expansões; devān — os semideuses; ṛṣīn — sábios; pitṝn — e antepassados; vṛddhān — Seus superiores; viprān — e brāhmaṇas; abhyarcya — ado­rando; ca — e; ātma-vān — autocontrolado; dhenūnām — de vacas; rukma — (cobertos de) ouro; śṛṅgīnām — cujos chifres; sādhvīnām — de boa índole; mauktika — de pérolas; srajām — com colares; payasvinīnām — que davam leite; gṛṣṭīnām — tendo parido apenas uma vez; sa-vatsānām — com seus bezerros; su-vāsasām — com belas roupas; dadau — Ele dava; rūpya — (cobertos de) prata; khura — de seus cascos; agrāṇām — as frentes; kṣauma — linho; ajina — peles de veados; ti­laiḥ — e sementes de gergelim; saha — com; alaṅkṛtebhyaḥ — que haviam recebido ornamentos; viprebhyaḥ — aos brāhmaṇas eruditos; badvam badvam — (cento e sete) rebanhos de 13.084 (totalizando assim 1.400.000); dine dine — todos os dias.

Todos os dias, o Senhor adorava o sol nascente e satisfazia os semideuses, sábios e antepassados, que são todos expansões dEle. O Senhor autocontrolado, em seguida, adorava com toda a aten­ção Seus superiores e os brāhmaṇas. Àqueles brāhmaṇas bem vestidos, Ele oferecia rebanhos de mansas vacas com chifres fo­lheados a ouro e ornadas com colares de pérolas. Essas vacas também estavam enfeitadas com tecidos finos, e a parte dianteira de seus cascos era revestida de prata. Fornecedoras de abundan­te quantidade de leite, cada uma delas só parira uma vez e estava acompanhada de seu bezerro. Diariamente, o Senhor dava aos brāhmaṇas eruditos muitos rebanhos de 13.084 vacas, junto com linho, peles de veado e sementes de gergelim.

SIGNIFICADO—Śrīdhara Svāmī cita várias escrituras védicas para mostrar que, no contexto ritual védico, um badva aqui se refere a 13.084 vacas. As palavras badvaṁ badvaṁ dine dine indicam que o Senhor Kṛṣṇa dava diariamente aos eruditos brāhmaṇas muitos de tais rebanhos de vacas. Śrīdhara Svāmī apresenta ainda evidência de que, em eras anteriores, era prática usual dos grandes reis santos dar 107 de tais badvas, ou rebanhos de 13.084 vacas. Dessa maneira, o número de vacas dadas neste sacrifício, conhecido como Mañcāra, totaliza 14 lakhs, ou 1.400.000.

As palavras alaṅkṛtebhyo viprebhyaḥ indicam que, no reino do Senhor Kṛṣṇa, os brāhmaṇas ganhavam belas roupas e ornamentos e, em razão disso, andavam bem vestidos.

Em Kṛṣṇa, a Suprema Personalidade de Deus, Śrīla Prabhupāda escreve, com profunda e notável agudeza de percepção, sobre esses passatempos do Senhor Kṛṣṇa. Recomendamos fortemente ao leitor o estudo desse livro, que contém uma valiosa riqueza de informa­ções e comentários sobre os passatempos descritos no décimo canto do Śrīmad-Bhāgavatam. Esta nossa humilde tentativa jamais pode­rá igualar-se à pureza e proficiência consumadas de nosso formidá­vel mestre. Mesmo assim, como um serviço oferecido a seus pés de lótus, estamos simplesmente apresentando o texto sânscrito original do décimo canto, o significado das palavras, uma tradução clara e o comentário essencial, na maior parte com base no que disseram os grandes mestres espirituais de nossa linha.

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