VERSOS 31-32
saṁsikta-vartma kariṇāṁ mada-gandha-toyaiś
citra-dhvajaiḥ kanaka-toraṇa-pūrṇa-kumbhaiḥ
mṛṣṭātmabhir nava-dukūla-vibhūṣaṇa-srag-
gandhair nṛbhir yuvatibhiś ca virājamānam
uddīpta-dīpa-balibhiḥ prati-sadma jāla
niryāta-dhūpa-ruciraṁ vilasat-patākam
mūrdhanya-hema-kalaśai rajatoru-śṛṅgair
juṣṭaṁ dadarśa bhavanaiḥ kuru-rāja-dhāma
saṁsikta — borrifadas com água; vartma — suas estradas; kariṇām — de elefantes; mada — do líquido que exsudava de suas testas; gandha — fragrante; toyaiḥ — com a água; citra — coloridas; dhvajaiḥ — com bandeiras; kanaka — de ouro; toraṇa — com portais; pūrṇa-kumbhaiḥ — e jarros cheios d’água; mṛṣṭa — decorados; ātmabhiḥ — cujos corpos; nava — novas; dukūla — com roupas finas; vibhūṣaṇa — ornamentos; srak — guirlandas de flores; gandhaiḥ — e pasta aromática de sândalo; nṛbhiḥ — com homens; yuvatibhiḥ — com mulheres jovens; ca — também; virājamānam — resplandecentes; uddīpta — iluminadas; dīpa — com lamparinas; balibhiḥ — e oferendas de tributo; prati — cada; sadma — casa; jāla — dos orifícios das gelosias; niryāta — que escapava; dhūpa — com a fumaça do incenso; ruciram — atraentes; vilasat — tremulantes; patākam — com flâmulas; mūrdhanya — nos telhados; hema — de ouro; kalaśaiḥ — com cúpulas; rajata — de prata; uru — grandes; śṛṅgaiḥ — com plataformas; juṣṭam — adornadas; dadarśa — viu; bhavanaiḥ — com casas; kuru-rāja — do rei dos Kurus; dhāma — o domínio.
As estradas de Indraprastha estavam borrifadas com a água perfumada que gotejava das testas dos elefantes, e bandeiras coloridas, portais de ouro e jarros cheios d’água realçavam o esplendor da cidade. Homens e moças passeavam belamente vestidos com requintadas roupas novas, adornados com guirlandas de flores e ornamentos, e ungidos com pasta aromática de sândalo. Toda casa exibia lamparinas reluzentes e oferendas em sinal de respeito, e dos orifícios das gelosias emanava incenso, embelezando ainda mais a cidade. Flâmulas tremulavam, e os telhados estavam enfeitados com cúpulas de ouro apoiadas sobre amplas bases de prata. Foi assim que o Senhor Kṛṣṇa viu a cidade real do rei dos Kurus.
SIGNIFICADO—Śrīla Prabhupāda acrescenta com relação a isso: “O Senhor Kṛṣṇa, então, entrou na cidade dos Pāṇḍavas, apreciou a bela atmosfera e prosseguiu.”