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VERSO 3

sa bhavān aravindākṣo
dīnānām īśa-māninām
dhatte ’nuśāsanaṁ bhūmaṁs
tad atyanta-viḍambanam

saḥ — Ele; bhavān — Tu mesmo; aravinda-akṣaḥ — o Senhor de olhos de lótus; dīnānām — daqueles que são desditosos; īśa — governantes; māninām — que se julgam; dhatte — toma sobre Si; anuśāsanam — a ordem; bhūman — ó personalidade onipenetrante; tat — esta; atyanta — extremo; viḍambanam — fingimento.

Que Tu, o Senhor Supremo de olhos de lótus, aceites as ordens de tolos desditosos que se julgam governantes não passa de um grande fingimento de Tua parte, ó personalidade onipenetrante.

SIGNIFICADO—Śrīla Prabhupāda escreve: “[Yudhiṣṭhira disse:] ‘Ó Kṛṣṇa, és ilimitado, e embora às vezes nos consideremos reis e governantes do mundo e fiquemos arrogantes devido a nossas posições desprezíveis, somos muito pobres de coração. De fato, merecemos que nos castigues, mas o surpreendente é que, em vez de nos castigar, Tu aceitas nossas ordens com tanta bondade e misericórdia e as cumpres à risca. Os outros ficam muito surpresos de que estejas a representar o papel de um ser humano comum, mas nós podemos compreender que estás executando estas atividades tal qual um ator.’”

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