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VERSO 10

iti muṣṭiṁ sakṛj jagdhvā
dvitīyāṁ jagdhum ādade
tāvac chrīr jagṛhe hastaṁ
tat-parā parameṣṭhinaḥ

iti — assim falando; muṣṭim — um punhado; sakṛt — uma vez; jagdhvā — comendo; dvitīyam — um segundo; jagdhum — para comer; āda­de — Ele apanhou; tāvat — então; śrīḥ — a deusa da fortuna (Rukmiṇī-devī); jagṛhe — segurou; hastam — a mão; tat — a Ele; parā — devotada; parame-sthinaḥ — do Senhor Supremo.

Após dizer isso, o Senhor Supremo comeu um punhado daque­le arroz e estava prestes a comer o segundo quando a devotada deusa Rukmiṇī segurou Sua mão.

SIGNIFICADO—A rainha Rukmiṇī segurou a mão de Kṛṣṇa para impedi-lO de comer mais do arroz em flocos. Segundo Śrīpāda Śrīdhara Svāmī, ela pretendia dizer ao Senhor com esse gesto o seguinte: “Essa quantidade de Tua graça já é suficiente para garantir a alguém riqueza imensa, a qual é o mero resultado do meu olhar. Mas, por favor, não me obri­gues a entregar-me a este brāhmaṇa, como acontecerá se comeres mais um bocado.”

Śrīla Viśvanātha Cakravartī explica que, segurando a mão do Senhor, Rukmiṇī queria apontar: “Se comeres toda essa maravilhosa iguaria que Teu amigo trouxe de casa, o que restará para meus amigos, co-esposas, servos e para mim mesma? Não sobrará o bastante para distribuir nem um grão sequer a cada um de nós.” E para as criadas que a acompanhavam, ela disse através de seu gesto: “Este arroz duro fará mal ao delicado estômago de meu Senhor.”

Śrīla Prabhupāda comenta que “quando se oferece comida ao Senhor Kṛṣṇa com amor e devoção e Ele Se satisfaz e aceita a ofe­renda do devoto, Rukmiṇī-devī, a deusa da fortuna, fica tão grata ao devoto que tem de ir em pessoa à casa deste para transformá-la na casa mais opulenta do mundo. Se alguém alimenta Nārāyaṇa suntuosamente, a deusa da fortuna, Lakṣmī, logo se torna hóspede em sua casa, o que significa que sua casa se torna opulenta.”

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