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VERSO 5

ity ukto ’pi dviyas tasmai
vrīḍitaḥ pataye śriyaḥ
pṛthuka-prasṛtiṁ rājan
na prāyacchad avāṅ-mukhaḥ

iti — assim; uktaḥ — tratado; api — embora; dvijaḥ — o brāhmaṇa; tasmai — a Ele; vrīḍitaḥ — embaraçado; pataye — ao esposo; śriyaḥ — da deusa da fortuna; pṛthuka — de arroz em flocos; prasṛtim — os pu­nhados; rājan — ó rei (Parīkṣit); na prāyacchat — não ofereceu; avāk — prostrada; mukhaḥ — cuja cabeça.

[Śukadeva Gosvāmī continuou:] Mesmo depois de ter ouvido essas palavras, ó rei, o brāhmaṇa sentia-se constrangido demais para oferecer seus punhados de arroz em flocos ao esposo da deusa da fortuna. Ele simplesmente manteve-se cabisbaixo devido à vergonha.

SIGNIFICADO—Segundo o ācārya Viśvanātha Cakravartī, essa descrição de Kṛṣṇa como “o esposo da deusa da fortuna” indica que Sudāmā se questionava: “Como o Senhor de Śrī poderia comer este arroz duro e velho?” Inclinando a cabeça, o brāhmaṇa revelava sua meditação: “Meu querido amo, por favor, não me deixes envergonhado. Ainda que o peças repetidamente, não Te darei isso. Já tomei essa de­cisão.” Todavia, o Senhor respondia com Seu próprio pensamento: “A intenção que fixaste na mente enquanto vinhas para cá não deve ser frustrada, pois és Meu devoto.”

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